“Acreditamos que o Governo e as entidades consultadas pelo Governo vão definir qual é o melhor caminho e nós estaremos obviamente disponíveis, ao lado do Governo, para concretizar a solução, a escolha que for feita”, disse o presidente executivo (CEO) da ANA, em declarações aos jornalistas quando questionado sobre o tema.
Thierry Ligonnière falava, em Lisboa, na apresentação de uma parceria estratégica entre a TAP, a Galp e a ANA – Aeroportos de Portugal, assinada hoje, para desenvolvimento de combustíveis sustentáveis para aviação.
“A única coisa que podemos dizer nesta altura é que todos queremos começar o mais rapidamente possível com obras de expansão da capacidade aeroportuária da região de Lisboa”, vincou.
O responsável da ANA justificou que a concessionária, “os parceiros, as companhias aéreas, o setor do turismo”, assim como “a totalidade dos partidos políticos em Portugal” têm a “sensação que é urgente uma tomada de decisão em relação à solução de expansão da capacidade em Lisboa”.
No dia 29 de junho, o Ministério das Infraestruturas publicou um despacho que dava conta de que o Governo tinha decidido avançar com uma nova solução aeroportuária para Lisboa, que passava por avançar com o Montijo para estar em atividade no final de 2026 e Alcochete e, quando este estiver operacional, fechar o Aeroporto Humberto Delgado.
No entanto, no dia seguinte à sua publicação, o despacho foi revogado por ordem do primeiro-ministro, António Costa, levando Pedro Nuno Santos a assumir publicamente "erros de comunicação" com o Governo nas decisões que envolveram o futuro aeroporto da região de Lisboa.