A percentagem de recém-diplomados dos cursos de licenciatura e mestrado integrado que se encontravam inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) como desempregados no ano letivo passado era de 4%, segundo os dados hoje divulgados no portal Infocursos, (http://infocursos.pt/).
No ano anterior, a taxa “aproximava-se dos 5%”, refere o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), numa nota enviada para a comunicação social.
Segundo uma análise feita pela Lusa aos dados da DGEEC, no ano letivo passado havia 37 cursos sem nenhum aluno recém-licenciado inscrito no IEFP.
Nesta lista destacam-se as áreas da saúde – cursos de Medicina, Farmácia e Bioquímica, assim como cinco cursos de enfermagem – mas também de Engenharia Geoespacial, ou da Dança, da Faculdade de Motricidade Humana.
Por outro lado, olhando para os cursos com as taxas mais elevadas de desemprego surgem três com uma taxa igual ou superior a 17%: o curso de Turismo, da Universidade Católica Portuguesa (17,6%), seguindo-se o de Marketing, do Instituto Politécnico de Bragança, e o de Turismo (17,2%), da Escola Superior de Tecnologias de Fafe (17%).
Numa comparação entre os alunos que frequentaram estabelecimentos de ensino públicos e os de privados, nota-se que o desemprego atinge mais os segundos.
Se a percentagem de desempregados entre os recém-diplomados de instituições públicas foi de 4% no ano passado, entre os ex-alunos de instituições privadas a percentagem sobe para 4,8%.
Analisando os dados dos últimos sete anos, o desemprego afetou sempre mais os alunos que estudaram em instituições privadas.
Estas são informações que estão disponíveis a partir de hoje no portal Infocursos, (http://infocursos.pt/), que disponibiliza dados e estatísticas sobre cursos superiores.
O ‘site’ contém dados sobre todos os cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP), licenciaturas, mestrados integrados e mestrados 2.º ciclo do país.
A data de referência das estatísticas apresentadas é o ano letivo 2020/21, mas os dados permitem perceber a evolução desde 2015, que revela que no ano passado se registou “uma grande estabilidade no sistema de ensino superior”, apesar da pandemia.