"Continuamos a enfrentar ameaças distintas, de todas as direções estratégicas. A Federação Russa é a maior e mais direta ameaça à segurança, paz e estabilidade dos aliados [na NATO] na região euro-atlântica", lê-se na Declaração da Cimeira de Madrid, um texto subscrito pelos 30 chefes de Estado e de Governo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).
Entre as outras ameaças elencadas pelos líderes da NATO estão o terrorismo, "em todas as suas formas e manifestações", que "continua a ser uma ameaça direta à segurança das populações e à estabilidade e prosperidade internacional".
"Com determinação e solidariedade, os Aliados continuarão a combater as ameaças russas e a responder às suas ações hostis e a combater o terrorismo, de uma forma coerente com o direito internacional", refere a declaração da cimeira, que tem 22 pontos e que os líderes da Aliança Atlântica sublinham que decorre num momento em que "a guerra voltou ao continente europeu", com a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, e por isso "crítico" para a segurança e estabilidade internacionais.
Os aliados da NATO sinalizam também as "ameaças cibernéticas, espaciais, híbridas e outras assimétricas", assim como as que resultam da "utilização maliciosa de tecnologias emergentes e disruptivas".
A China e outros países "que desafiam" os "interesses, segurança e valores" da Aliança e "procuram minar a ordem internacional baseada em regras" são outras das ameaças referidas no documento, que neste ponto as designa como "concorrência sistémica".
A imigração ilegal e o tráfico de seres humanos, que decorre "da instabilidade para além das fronteiras" da NATO, estão igualmente colocados na lista de ameaças, perigos e desafios referidos na Declaração da Cimeira de Madrid.
A cimeira da NATO decorre em Madrid até quinta-feira, juntando 44 delegações e chefes de Estado e de Governo.