“Nós congratulamos tudo o que for aumento de pensões pelo valor ridículo que algumas pensões têm em Portugal”, afirmou André Ventura à margem de uma visita ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
O líder do Chega indicou que o partido propôs “na campanha eleitoral a existência de uma pensão mínima garantida para todos os pensionistas portugueses” e considerou que, por isso, “o Governo vai estar sempre aquém nas propostas que fez daquilo que o Chega desejaria”.
“Em qualquer caso nós, entendendo que deve haver uma pensão mínima para todos, saudamos todo o esforço de aumentar pensões em Portugal”, salientou, apesar de considerar que “o Governo ficou muito aquém do que deveria ter sido”, uma vez que existem portugueses que “hoje recebem pensões de miséria”.
“Nós apresentámos número que poderiam permitir pelo menos que todos os pensionistas tivessem um valor de valor de pensão equivalente ao do IAS [Indexante dos Apoios Sociais, que é atualmente de 443,20 euros]. O Governo decidiu não o fazer, esteve mal no nosso entender, mas nunca vamos estar contra um aumento de pensões tenha ele a menor expressão que tiver”, acrescentou André Ventura.
O primeiro-ministro assegurou na segunda-feira que Governo vai cumprir a lei e em 2023 haverá um “aumento histórico” do valor das pensões por efeito conjugado da drástica subida da inflação e do elevado crescimento económico registado este ano.
Horas depois, questionado pelos jornalistas sobre estas declarações de António Costa, o Presidente da República anteviu que as pensões podem subir no próximo ano mais de 10%, e pesar dois mil milhões de euros no Orçamento de 2023, mas alertou que não será um efeito “para ficar para sempre”.