A segunda fase do concurso das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial somou 64 candidaturas concretizadas, que representam um potencial de investimento global de 8,385 milhões de euros, segundo informações do IAPMEI.
“Desejamos que estes projetos sejam contratados, no essencial, durante o próximo mês de julho, de maneira que os cerca de oito mil milhões de euros de investimento que vai ser concretizado possam ter efeitos de transformação na nossa atividade económica”, afirmou João Neves, durante a conferência Viseu Económico.
O secretário de Estado disse que “a relação entre valor associado ao conhecimento e valor económico é um desafio que sistematicamente é referido como uma restrição” para o crescimento económico português.
“Queremos responder a este desafio acrescentando mais dinâmica na relação entre a produção do conhecimento e os produtos que são colocados no mercado”, sublinhou.
Este concurso insere-se no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e tem por objetivo aumentar a competitividade da economia com base em investigação e desenvolvimento, inovação e especialização.
Segundo João Neves, o processo de avaliação terminou na terça-feira: “tínhamos 60 dias para avaliar as propostas em definitivo, elas foram apreciadas em tempo, serão comunicadas na próxima sexta-feira aos consórcios”.
No seu entender, trata-se de “um instrumento muito importante”, atendendo à dotação de recursos que envolve.
“Não tem comparação com nenhum sistema alguma vez realizado para suportar investimento empresarial. Não tem nenhuma comparação com nada do que até agora fizemos”, frisou.
De acordo com o IAPMEI, “de um universo de 70 manifestações de interesse selecionadas na fase I do concurso das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial, foram concretizadas nesta segunda fase 64 candidaturas de financiamento, correspondentes a 66 dessas 70 manifestações de interesse”.
No total, estas candidaturas representam um potencial de investimento de 8,385 milhões de euros.
O PRR, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico. Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela covid-19, este plano tem ainda o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.
Lusa