“Ao longo de terça-feira, a análise preliminar dos registos sísmicos permitiu contabilizar cerca de 64 eventos [cinco dos quais sentidos], tendo a atividade sísmica aumentado em relação ao observado no dia anterior”, lê-se no mais recente comunicado publicado na página da Internet do CIVISA.
Ainda de acordo com o CIVISA, “a maioria dos sismos registados até ao momento são de baixa magnitude e evidenciam uma origem de natureza tectónica”.
O mais recente abalo sentido ocorreu pelas 11:00 de hoje e teve magnitude 1,8 na escala de Richter, lê-se na nota.
Segundo o CIVISA, e de acordo com a informação disponível até ao momento, aquele sismo foi sentido com intensidade máxima III na escala de Mercalli Modificada em Velas.
Desde o início da crise sismovulcânica em São Jorge, em 19 de março, o sismo de maior magnitude (3,8 na escala de Richter) ocorreu no dia 29 de março, às 21:56.
De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), fortes (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).
A escala de Mercalli Modificada mede os “graus de intensidade e respetiva descrição” e, quando há uma intensidade III, considerada fraca, o abalo é “sentido dentro de casa” e “os objetos pendentes baloiçam”, sentindo-se uma “vibração semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados”, segundo é referido no ‘site’ do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O CIVISA informa ainda que a campanha de medição de gases e temperatura no solo, que está a ser realizada desde o início da crise na área epicentral, "não resultou, até à data, na identificação de qualquer anomalia", sendo que os levantamentos de campo vão continuar a decorrer nos próximos dias.
No âmbito da monitorização geodésica, o CIVISA acrescenta ainda que os últimos dados disponíveis também "não revelam qualquer deformação significativa".
A crise sismovulcânica que se tem vindo a registar na ilha de São Jorge mantém-se "estendendo-se, grosso modo, ao longo de uma faixa desde a Ponta dos Rosais até à zona do Norte Pequeno – Silveira”, indica também o CIVISA na nota.
A ilha mantém o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa "estado de repouso" e V6 "erupção em curso".
Lusa