Esta operação da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) é acionada através do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém e tem a duração de dois dias, “no decurso dos quais será assegurada a prestação de assistência e socorro aos milhares de peregrinos que se deslocam ao Santuário de Fátima para as cerimónias religiosas”, acrescentou aquele organismo em comunicado.
Segundo a ANEPC, a operação visa “aumentar a capacidade e rapidez de intervenção dos dispositivos que materializam o Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) e o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), bem como, assegurar uma coordenação institucional efetiva e permanente no âmbito das estruturas de proteção civil”.
Por outro lado, pretende, também, “garantir a mobilização, prontidão, empenhamento e gestão do emprego dos meios e recursos de proteção e socorro e antecipar as capacidades de reforço especializado”.
Além dos elementos das corporações de bombeiros, estão também envolvidos o Serviço Municipal de Proteção Civil de Ourém, a Força Especial de Proteção Civil da ANEPC, o Instituto Nacional de Emergência Médica, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Guarda Nacional Republicana e o Corpo Nacional de Escutas, além de outras entidades como a Associação de Servitas de Nossa Senhora de Fátima e o Agrupamento do Centro de Saúde do Médio Tejo.
Durante os dois dias da operação, a ANEPC terá um posto instalado no Colégio de São Miguel, em Fátima.
Entretanto, nesta operação a Autoridade Nacional destacou "o apoio da VOST Portugal, que desenvolveu, no âmbito da parceria que tem com a ANEPC, uma ferramenta de apoio à decisão (…), e que permite obter informações em tempo real, bem como enviar informações aos peregrinos" através de um canal de Telegram criado para o efeito (https://bit.ly/fatima_2022).
"Neste momento, a plataforma monitoriza mais de 50 grupos de peregrinos, em tempo real, permitindo uma melhor gestão dos fluxos nos postos de apoio espalhados pelo país", revelou a ANEPC, acrescentando que "além desta ferramenta de apoio à decisão, foi disponibilizado um mapa interativo para apoio aos peregrinos com informação dos postos de apoio, bem como dos serviços que os peregrinos podem usufruir nos mesmos, e que pode ser consultado em https://mmfatima.pt/peregrinos-a-pe/".
A peregrinação de 12 e 13 de maio ao Santuário de Fátima é presidida pelo arcebispo Edgar Peña Parra, substituto da Secretaria de Estado do Vaticano.
Esta peregrinação “marca o regresso de uma série de iniciativas próprias das peregrinações de verão, como o acolhimento dos doentes e dos peregrinos a pé”, informou o Santuário, explicando que, “nos últimos dois anos, devido à pandemia não foi possível oferecer estes dois serviços por razões sanitárias, mas este ano, mantendo alguma prudência como o uso da máscara no posto de socorros e no lava-pés, o Santuário e o seu grupo de voluntários acolherá estes dois grupos de peregrinos”.
Por outro lado, também os peregrinos estrangeiros vão poder participar nas missas celebradas nas sete línguas oficiais do Santuário de Fátima, na Capelinha das Aparições, estando inscritos, entre outros, grupos de Itália, Brasil, Estados Unidos, México, Alemanha, Polónia, Espanha, Áustria, Cabo Verde, Coreia do Sul, El Salvador, Equador, Gibraltar e Panamá, além de muitos de Portugal.
O presidente da celebração, Edgar Peña Parra, de 62 anos, é diplomata da Santa Sé desde 1993, sendo de origem venezuelana.
Atual substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, serviu como Núncio Apostólico no Paquistão, entre 2011 e 2014, e em Moçambique, de 2014 a 2018.
Lusa