Dados oficiais marroquinos mostram que, em 2021, o país localizado no norte da África travou 63.121 tentativas de migração irregular e outras 14.746 no primeiro trimestre do ano em curso.
Quanto aos designados ‘assaltos’ às fronteiras das cidades espanholas de Ceuta e Melilla, no norte de Marrocos, as autoridades marroquinas impediram 49 em 2021, 47 dos quais em Melilla, e outros 12, todos em Melilla, entre janeiro e março deste ano.
Além disso, Marrocos desmantelou 256 redes criminosas de tráfico de migrantes em 2021 e outras 52 nos primeiros três meses deste ano, de acordo com o Ministério do Interior.
Marrocos contou ainda 3.500 cidadãos estrangeiros em situação irregular que regressaram voluntariamente aos seus países e 2.300 cujo regresso foi organizado em colaboração com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Entre janeiro e março de 2022, 1.080 pessoas voltaram voluntariamente aos seus países, apontam as mesmas fontes, adiantando que 600 o fizeram em viagens organizadas com a OIM.
A questão da migração é discutida hoje em Rabat, numa reunião do grupo hispano-marroquino sobre migração, a primeira realizada desde 2019, devido à pandemia de covid-19 e à recente crise diplomática entre os dois países.
No encontro, que conta com a presença dos secretários de Estado espanhóis do Interior, Negócios Estrangeiros e Migração, bem como dos responsáveis marroquinos pelas pastas do Interior, Negócios Estrangeiros, Emprego e Desenvolvimento Social, estão a ser discutidos os fluxos de migração regular e irregular entre os dois países e a situação dos menores não acompanhados que chegam a Espanha.
Lusa