Numa tarde de sol ‘escaldante’, refrescada por uma brisa ligeira, e sob o olhar atento do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, os dois jovens nortenhos impuseram-se com relativa facilidade ao tenista argentino e ao parceiro sueco, por 6-2 e 6-3, em uma hora e três minutos, para conquistar o troféu no ‘court’ central.
Convidados para o quadro principal do Estoril Open, Borges e Cabral estrearam-se numa prova do ATP Tour, após os oito troféus ‘challengers’ conquistados nos últimos 12 meses, e hoje apresentaram-se frente ao experiente Máximo González, de 38 anos, que ocupa o 32.º lugar no ‘ranking’ ATP de pares, e André Göransson (71.º) determinados a concretizar o sonho de vencer no pó de tijolo do Estoril.
Os dois amigos de longa data, ambos nascidos em 1997, entraram seguros, determinados e no sexto jogo fizeram o ‘break’ (4-2), passaram para a frente e, apesar de terem desperdiçado dois ‘sets points’, ao terceiro não falharam e averbaram o primeiro parcial, ao fim de 30 minutos.
No segundo ‘set’, Borges (127.º) e Cabral (106.º), embalados pelo apoio incansável e ruidoso do público, ‘carregaram’ nos adversários, conseguiram a quebra de serviço no quarto jogo (3-1) e não mais abrandaram até ao 6-3 final, que lhes valeu a coroação.
Cabral caiu de costas na terra batida, onde tanto lutou ao longo de quatro jornadas, Borges abraçou o parceiro e amigo, que pegou ao colo, e, no auge da celebração, apareceram as lágrimas dos novos campeões de pares do Estoril Open, sob o hino nacional cantado pela fadista Kátia Guerreiro e o olhar emocionado do Presidente da República.
Depois da vitória de Emanuel Couto e Bernardo Mota na Maia, em 1996, Nuno Borges e Francisco Cabral são a segunda dupla nacional a ganhar um título ATP em Portugal.