A Noruega, que faz fronteira com a Rússia, cumpre assim o quinto pacote de sanções a Moscovo por causa da guerra na Ucrânia adotado há algumas semanas pela União Europeia (UE), da qual não faz parte, embora integre o Espaço Económico Europeu (EEE).
O encerramento dos portos afeta navios comerciais com mais de 500 toneladas brutas, iates e alguns barcos de recreio que navegam em águas internacionais, com exceção para a pesca.
O arquipélago ártico de Svalbard permanece fora das sanções, pois, embora tenha soberania norueguesa, um tratado internacional permite que todos os países signatários, entre eles a Rússia, explorem os seus recursos naturais.
O tráfego de camiões de transporte russos na fronteira de Storskog (norte da Noruega) aumentou nos últimos dias, depois de a UE ter tornado efetivas as novas sanções.
"O Governo adotou uma linha clara durante a crise, de que estamos ao lado dos nossos países vizinhos e da UE, para garantir que as sanções sejam eficazes", disse o ministro norueguês das Pescas, Bjornar Skjaeran, em comunicado.
A oposição de direita ao Governo norueguês, de centro-esquerda, criticou a demora em aprovar o encerramento dos portos, mas Skjaeran defendeu-se alegando que era necessário adotar as sanções às circunstâncias norueguesas, que incluem acordos de cooperação marítima com a Rússia no Ártico.
Vários municípios fronteiriços noruegueses expressaram preocupação pelo impacto das novas sanções para as empresas e exigiram compensação financeira de Oslo.
Lusa