Augusto Santos Silva assumiu esta posição numa mensagem que divulgou na sua conta na rede social Twitter, três horas depois da cerimónia de partida da força nacional de 222 militares portugueses para a Roménia, no contexto do agravamento da segurança no leste da Europa em consequência da invasão militar russa da Ucrânia.
“Desejo os melhores êxitos à força nacional destacada que partiu esta manhã para a Roménia. Vai defender a paz na Europa. Prestigiará Portugal e as suas Forças Armadas”, escreveu o presidente da Assembleia da República.
No final da cerimónia, que decorreu no aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que a força militar portuguesa que hoje partiu para a Roménia vai prevenir e defender a paz no leste da Europa e adiantou que o primeiro-ministro, António Costa, a visitará dentro de um mês.
Além do Presidente da República, a cerimónia que contou com a presença da ministra da Defesa, Helena Carreiras, do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, e dos chefes do Estado-Maior do Exército, Armada e Força Aérea.
Num breve discurso, Marcelo Rebelo de Sousa, Comandante Supremo das Forças Armadas, salientou a importância desta missão da NATO que esta força militar destacada vai cumprir na Roménia no contexto da guerra na Ucrânia.
“É uma missão já prevista e agora consolidada, projetada e reforçada num país amigo, aliado – a Roménia – no quadro de uma aliança defensiva e não ofensiva. Uma aliança que não ataca, que está preparada para prevenir, preservar e defender a paz. É essa também a vossa missão”, sustentou o Presidente da República.
O contingente partiu para a Roménia – país fronteiriço com a Ucrânia – ao abrigo da missão ‘Tailored Forward Presence’ da NATO que visa contribuir "para a dissuasão e defesa da Aliança no seu flanco sudeste".
O plano das Forças Nacionais Destacadas para 2022 já previa o envio para a Roménia de um contingente de militares no segundo semestre do ano, tal como aconteceu em 2021, contudo, este calendário foi antecipado, numa altura de conflito entre a Ucrânia e a Rússia.
No dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, o Conselho Superior de Defesa Nacional reuniu de urgência e deu parecer favorável, por unanimidade, a propostas do Governo para a eventual participação de meios militares portugueses em forças de prontidão da NATO e previa a antecipação do envio de militares portugueses para a Roménia.