O anterior balanço das autoridades filipinas era de 59 mortos.
Em Pilar, uma aldeia costeira de cerca de 400 habitantes na província central de Leyte, pelo menos 13 pessoas morreram e outras 150 continuam dadas como desaparecidas, segundo Lemuel Traya, autarca do município de Abuyog, de que Pilar faz parte.
"Para ser honesto, não esperamos encontrar mais sobreviventes", disse Lemuel Traya à agência de notícias France-Presse (AFP).
A maioria das casas de Pilar foi empurrada literalmente para o mar por um enorme deslizamento de terra. Com acesso apenas por barco, já que as estradas estão cortadas, os socorristas retiraram cerca de cinquenta sobreviventes de Pilar para a cidade de Abuyog.
A maior parte das mortes, pelo menos 48 segundo as autoridades locais, ocorreu na área da cidade de Baybay, na província de Leyte. As buscas por desaparecidos foram suspensas durante a noite de terça-feira e retomadas na madrugada de hoje.
A tempestade Megi provocou também a morte a três pessoas na província de Negros Oriental (centro) e outras três na ilha de Mindanao, no sul do país, segundo a Agência Nacional de Gestão de Desastres.
As autoridades filipinas indicaram que quase 35.000 pessoas foram deslocadas para centros temporários de abrigo.
A tempestade tropical entrou na costa leste do país no domingo, causando inundações e aluimentos de terra no centro e no sul do país.
No total, mais de 580 mil pessoas foram afetadas e 63 municípios continuavam sem energia elétrica.
Megi é a primeira grande tempestade do ano a passar pelo país, que regista uma média de 20 tufões por ano.
A tempestade, que atingiu o país com mais católicos na Ásia antes da celebração da Semana Santa, surpreendeu as autoridades, que sinalizaram a chegada com o nível mais baixo de alerta.
Em dezembro, o tufão Rai, o mais poderoso a atingir as Filipinas no ano passado, causou pelo menos 409 mortos. Em novembro de 2013, o tufão Haiyán causou cerca de sete mil mortes em todo o arquipélago.
Lusa