“Através do Mecanismo de Proteção Civil da UE, estamos a canalizar uma quantidade sem precedentes de assistência à Ucrânia, incluindo ofertas de 29 países – todos os Estados-membros da UE, assim como a Noruega e a Turquia -, que inclui milhões de artigos tais como ‘kits’ de primeiros socorros, vestuário de proteção, desinfetantes, tendas, equipamento de combate a incêndios, bombas de água, geradores de energia e combustível”, indicou a fonte oficial da Comissão Europeia.
“Isto inclui mais de 145 toneladas de ajuda essencial, cerca de 85 milhões de artigos, com um valor financeiro de mais de 100 milhões de euros”, precisou.
Hoje de madrugada, a tutela da Gestão de Crises do executivo comunitário indicou, através das redes sociais, que “a resposta à guerra da Ucrânia é a maior operação do Mecanismo de Proteção Civil da UE até à data”.
A fonte oficial da Comissão Europeia explicou à Lusa que “a assistência está a ser entregue diretamente à Ucrânia, mas também através de centros logísticos que já foram estabelecidos [pela UE] na Polónia e na Roménia e que estão a ser instalados na Eslováquia, a fim de acelerar a entrega da ajuda”.
“Estes centros logísticos de proteção civil reúnem a assistência dos Estados-membros, que é depois enviada para a Ucrânia”, acrescenta.
Numa altura em que milhares de pessoas que fogem da guerra na Ucrânia, causada pela invasão russa, principalmente para os países vizinhos, a fonte disse que Bruxelas está também “a apoiar a Polónia, a Moldávia e a Eslováquia através do Mecanismo de Proteção Civil da UE”.
Em concreto, “equipas de peritos da UE em proteção civil chegaram à Polónia e à Moldávia para ajudar as autoridades com o fluxo constante de pessoas e assistência”, adiantou.
Além disso, “estamos também a trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, em estreita cooperação com os países vizinhos para os apoiar na prestação de proteção aos refugiados ucranianos”, referiu.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.