“Os corpos de 21 pessoas, incluindo duas crianças, foram encontrados”, disse a procuradoria regional ucraniana na rede social Facebook, citada pela agência francesa AFP.
O balanço anterior era de nove mortos, incluindo já duas crianças.
A cidade de Sumy situa-se 350 quilómetros a nordeste da capital ucraniana, Kiev, perto da fronteira com a Rússia.
No final da noite de segunda-feira, os ataques russos atingiram uma área residencial da cidade de mais de 250.000 habitantes, que tem sido palco de fortes combates durante vários dias, de acordo com o Ministério Público ucraniano.
Os civis que estavam bloqueados na cidade começaram hoje de manhã a ser retirados para outros locais, depois de as forças ucranianas e russas terem chegado a um acordo para a criação de um corredor humanitário.
A medida excecional entrou em vigor às 09:00 locais (07:00 em Lisboa) e deverá manter-se até às 21:00 (19:00), segundo o Governo de Kiev.
As autoridades ucranianas recusarem, na segunda-feira, uma proposta russa para que os residentes da cidade fossem levados para a Rússia.
A criação de corredores humanitários para socorrer civis bloqueados em cidades sob bombardeamento russo tem sido um dos temas das negociações entre as duas partes, mas as tentativas anteriores tinham falhado.
A terceira ronda de negociações decorreu na segunda-feira, na Bielorrússia, perto da fronteira com a Polónia.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que provocou um número ainda por determinar de vítimas mortais, civis e militares.
Após 13 dias de combates, mais de dois milhões de pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos, segundo números atualizados hoje pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
A agência especializada das Nações Unidas disse que se trata da crise de refugiados com o crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas contra Moscovo.
Lusa