Atualmente, os testes PCR são o padrão máximo mundial para triagem da infeção, mas os resultados demoram várias horas a sair.
Pesquisadores da Universidade de Fudan, na cidade chinesa de Xangai, dizem, no entanto, terem desenvolvido uma alternativa.
Num artigo publicado na revista Nature Biomedical Engineering, a equipa disse ter desenvolvido um sensor que usa microeletrónica para analisar amostras de DNA coletadas por uma zaragatoa.
O sensor, ligado a uma máquina portátil, permite obter um resultado em “menos de quatro minutos”, asseguram os seus projetistas.
Este terminal tem “alta sensibilidade” e pode ser facilmente levado para qualquer lugar.
Para testar o dispositivo, foram retiradas amostras de 33 pessoas infetadas com o coronavírus. Os testes de PCR foram realizados em paralelo, para poder comparar os dois métodos.
De acordo com o artigo, todos os resultados obtidos pelos dois dispositivos foram idênticos.
Os testes realizados com o novo dispositivo envolveram um total de 54 amostras, incluindo pessoas com febre, mas que não tiveram covid-19, pacientes com gripe e voluntários saudáveis.
Os pesquisadores da Universidade Fudan disseram que, uma vez aperfeiçoados, os seus dispositivos podem ser usados em várias situações, incluindo aeroportos, hospitais e até em casa.
Além de serem lentos, os testes de PCR requerem infraestrutura e laboratórios que são escassos em muitos países em desenvolvimento, o que constitui um obstáculo à deteção do vírus.
Autotestes rápidos também existem, mas são considerados menos confiáveis.
A China é um dos maiores produtores mundiais de testes de PCR.
Em dezembro, exportou um valor total de 1,4 mil milhões de euros, um aumento de 144%, face ao mês anterior, segundo as alfândegas chinesas.
C/Lusa