A odisseia no Espaço da Estação Espacial Internacional (EEI), que orbita a Terra desde novembro de 1998, está a chegar ao fim. A estrutura continuará em atividade até ao final de 2030, antes de “mergulhar”, em janeiro de 2031, no Oceano Pacífico.
O plano da NASA é fazer com que o grande laboratório espacial caia num ponto do oceano conhecido como Point Nemo, também apelidado de “cemitério de naves”, onde se despenharam de forma controlada muitos satélites e outros detritos de missões espaciais.
A agência espacial norte-americana escolheu este ponto por ser “o local mais longínquo de qualquer civilização humana que se pode encontrar”.
Ao anunciar a reforma da Estação Espacial Internacional, a NASA passa assim a bola da exploração na órbita baixa da Terra para a mão dos privados.
“O setor privado é tecnicamente e financeiramente capaz de operar na órbita baixa da Terra com a assistência da NASA”, refere a agência espacial norte-americana.
De acordo com a NASA, a desativação da estação irá permitir poupar 1,3 mil milhões de dólares, dinheiro que pode ser investido na exploração do espaço profundo.
A EEI permitiu a realização de mais de 3 mil investigações a bordo, sendo continuamente tripulada desde 2000 por astronautas de vários países.
A Estação Espacial Internacional foi construída graças a um projeto conjunto entre as agências espaciais dos EUA, da Europa, da Rússia, do Canadá e do Japão.
Além dos feitos científicos, na história da estação fica gravado o nome de Chris Hadfield, antigo comandante da EEI, que por lá aproveitou para gravar a sua versão “espacial” da música “Space Oddity”, de David Bowie.