“Temos vindo a preparar o jogo, com vantagem de ter tido bastantes dias para treinar e consolidar o que temos de fazer. Vamos com tudo, como sempre. É para vencer, ficar em primeiro lugar e estar na fase seguinte”, disse aos jornalistas, na antevisão ao jogo.
A equipa das ‘quinas’ parte para a derradeira jornada do Grupo A do torneio com seis pontos, fruto de duas vitórias em outras tantas partidas, liderando de maneira isolada, seguido dos anfitriões Países Baixos e da Ucrânia, com três, e da Sérvia, sem pontos.
“Sempre disse que a Ucrânia era a equipa mais forte deste grupo. É uma seleção que está sempre nos quartos de final e é de ‘top ranking’ europeu. O primeiro encontro é sempre complicado e eles viveram isso. Quando acordaram, foi tarde demais e tiveram esse dissabor, mas corrigiram logo a seguir. Agora vão querer melhorar ainda mais e qualificarem-se para a fase seguinte”, frisou o transmontano Jorge Braz, com 49 anos.
Desta forma, o treinador avaliou o adversário como uma equipa “muito perigosa nas transições cada vez que ganham a posse de bola”, alertando para os comportamentos “extremamente verticais”, sendo também “objetivos e pragmáticos na bola parada”.
“É um tudo ou nada para eles também. Vão estar bastante preocupados, mais até do que nós, para estar na fase seguinte. Temos de nos preocupar connosco. Se tivermos a nossa dinâmica e formos Portugal, criando-lhes dificuldades, temos todas as condições para vencer”, assegurou o treinador com mais jogos ao serviço da equipa das ‘quinas’.
Jorge Braz abordou alguns resultados surpreendentes que têm acontecido durante a competição continental, onde apenas Portugal, Rússia e Geórgia permanecem 100% vitoriosos, ciente de que esta edição do Europeu “seria extremamente equilibrada”.
“Todos os jogos vão ser sempre a 100%. Quem não assumir essa vontade de vencer o jogo e de competir a 100% durante os 40 minutos, arrisca-se a ter dissabores”, avisou.
O universal Erick Mendonça também falou aos jornalistas na véspera do encontro com os ucranianos, para o qual realçou que os lusos estão “acautelados” para os perigos do adversário, mas que não serão surpreendidos durante os 40 minutos que dura o jogo.
“Já conhecemos bem a Ucrânia. Sabemos a qualidade da equipa e dos jogadores. Esse resultado menos positivo [derrota 3-2 com os Países Baixos] teve a ver também com o facto de terem tido alguns jogadores de fora. Agora vão estar na máxima força”, frisou.
O atleta do Sporting, de 26 anos, conhece as suas valências e afirmou que se sente confortável em qualquer posição do campo, reagindo ao elogio recente de Jorge Braz, que considerou Erick Mendonça como o melhor universal do mundo, e admitindo ter também um papel importante na integração dos jogadores mais novos na comitiva.
“Sabendo que já tenho alguma bagagem, sinto importância no sentido em que consigo estar do lado dos mais velhos, como dos mais novos. A grande maioria dos mais novos é da minha equipa, então integrá-los é fácil. Pode ser um dos meus papéis”, expressou.
Depois da inédita conquista do Mundial, em 2021, na Lituânia, o mediatismo em torno da seleção de futsal aumentou, tendo Erick Mendonça apontado para o “culminar de um trabalho bem feito” pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e pelos clubes.
“Felizmente, temos uma bolha que nos permite estar focados apenas em nós, mas não somos parvos nenhuns e sabemos do que se fala e do mediatismo que temos”, contou.
Líder do grupo A, com seis pontos, a equipa das ‘quinas’ fecha a fase de grupos com a Ucrânia, na sexta-feira, a partir das 20:30 locais (19:30 em Lisboa), também na cidade neerlandesa de Groningen, após os dois jogos iniciais na Ziggo Dome, em Amesterdão.
Os portugueses podem ‘carimbar’ o apuramento até mesmo com uma derrota, desde que seja até quatro golos de diferença, sendo que se qualificam automaticamente no caso de os Países Baixos não vencerem a sua partida, à mesma hora, em Amesterdão.