A partir de 11 de fevereiro, pessoas com duas doses de uma vacina covid-19, ou uma dose da Janssen, que cheguem do estrangeiro deixam de ser obrigadas a realizar um teste rápido nas primeiras 48 horas após a chegada ao país.
A única formalidade que permanece é o preenchimento de um formulário de passageiro simplificado com os seus dados pessoais e médicos.
Aos não vacinados continua a ser exigido um teste pré-embarque e um PCR nas primeiras 48 horas após a chegada, mas deixam de estar obrigados a isolamento de 10 dias ou a um segundo teste PCR no oitavo dia após a chegada.
Menores de 18 anos estão isentos de testes ou sujeitos às regras das pessoas vacinadas.
Numa intervenção no Parlamento, o ministro dos Transportes, Grant Shapps, descreveu este como um "sistema proporcional que nos deixa a um passo da normalidade, mantendo as proteções vitais da saúde pública".
O anúncio aplica-se por enquanto apenas a Inglaterra, mas os governos autónomos da Escócia, País de Gales e Irlanda têm-se alinhado geralmente com as decisões do Governo britânico nas regras de viagens internacionais.
“Estamos a entrar numa nova fase da luta contra a covid. Em vez de proteger o Reino Unido de uma pandemia, o nosso futuro depende de vivermos com covid endémica. Assim como vivemos com a gripe, por exemplo”, disse Shapps.
O presidente executivo da EasyJet, Johan Lundgren, saudou a notícia, dizendo que "os testes para viagens devem agora tornar-se firmemente uma coisa do passado”.
De acordo com os dados atualizados hoje no Reino Unido, foram registadas 88.447 novas infeções de covid-19 nas últimas 24 horas. No conjunto dos últimos sete dias, o valor caiu 6,8% face aos sete dias anteriores. Hoje foram notificadas 56 mortes.
Nos hospitais, o número de pacientes de covid-19 era de 17.523 na sexta-feira, confirmando uma tendência de descida nos internamentos.
Atualmente, 83,8% da população britânica acima de 12 anos anos recebeu duas doses de uma vacina covid-19 e 64,2% recebeu também uma terceira dose de reforço.
De acordo com os dados mais recentes, o Reino Unido contabilizou 152.916 mortes desde o início da pandemia, o balanço mais alto na Europa.
A covid-19 provocou 5.593.747 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.613 pessoas e foram contabilizados 2.254.583 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.