A denúncia de Prado foi feita através da rede social Twitter, numa mensagem em que lembra alguns dos presos políticos como o diretor da organização não-governamental (ONG) Fundaredes, Javier Tarazona, o líder do partido Vontade Popular (liderado por Leopoldo López) Roland Carreño e o tenente-coronel do exército Igbert Marín Chaparro, que iniciou uma greve de fome em 21 de dezembro.
“Vamos continuar a levantar a nossa voz pelos mais fracos, vamos continuar a acompanhar as vítimas, vamos continuar a gritar liberdade para todos os presos políticos e vamos continuar a lutar pelos direitos humanos de todos”, escreveu Prado.
Marín Chaparro iniciou uma greve de fome para denunciar que sofre "tratamento cruel, desumano e degradante" e solicitou que Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o encarregado de negócios da União Europeia e o Núncio Apostólico da Santa Sé visitem o centro de detenção em que se encontra.
De acordo com dados divulgados pela organização Justiça venezuelana, no país caribenho há 252 militares acusados por razões políticas, 180 dos quais estão presos.
A ONG Foro Penal Venezuelano (FPV) denunciou no último relatório, divulgado nesta quarta-feira, que no país estão detidas 244 pessoas que consideram presos políticos, sendo 112 civis e 132 militares.
O relatório da FPV indicou que mais de nove mil pessoas estão submetidas a privação arbitrária das suas liberdades.
A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019, quando Guaidó jurou assumir as funções de Presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres e democráticas.