Saltar para o conteúdo
    • Notícias
    • Desporto
    • Televisão
    • Rádio
    • RTP Play
    • RTP Palco
    • Zigzag Play
    • RTP Ensina
    • RTP Arquivos
RTP Madeira
  • Notícias
  • Desporto
  • Especiais
  • Programas
  • Programação
  • + RTP Madeira
    Moradas e Telefones Frequências Redes de Satélites

NO AR
Imagem de Destruição de habitats aproximou vírus do homem
Sociedade 11 dez, 2021, 11:03

Destruição de habitats aproximou vírus do homem

Ameaças como o SARS-CoV-2 vão continuar em resultado da destruição dos habitats de animais como o morcego, “carregadinhos de vírus prontos para passar para o humano”, e cada vez mais próximos do homem, prevê a especialista em saúde pública Ana Abecassis.

Médica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), em Lisboa, e líder da equipa que identificou Angola como o segundo país onde o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) foi detetado, em 1924, a seguir à República Democrática do Congo, onde surgiu em 1906, Ana Abecassis acredita que as preocupações com este tipo de agentes vieram para ficar.

E a culpa está identificada: “Enquanto nós continuarmos a destruir florestas, sabemos que há um aumento das ameaças por doenças infecciosas emergentes, porque nós estamos a desflorestar, a urbanizar locais onde os animais tinham o seu habitat e, portanto, com esta proximidade dos animais, corremos o risco de que haja transmissão de doenças para os humanos”.

Os vírus surgem na linha da frente desta ameaça, o que mais não é do que uma manifestação do que os especialistas chamam de “one health” (a saúde das pessoas intimamente ligada à saúde dos animais e ao ambiente comum).

“O que nós sabemos é que há uma série de doenças que nos ameaçam muito e todos eles são vírus”, afirmou à agência Lusa, recordando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem uma lista com as doenças infecciosas emergentes, sendo que as nove grandes ameaças identificadas “são todas vírus e vírus de evolução rápida”.

Nos últimos anos, afirmou, “se olharmos para a história das grandes epidemias ou das grandes ameaças, para além da gripe – que é constantemente um problema, ou um potencial problema – tivemos ébola, ou antes, temos ébola".

"Tivemos Zika, que também é muito preocupante e que felizmente desapareceu, não sabemos muito bem como, (…) agora temos o SARS-CoV-2 e há mais tempo [2002] tivemos o SARS-CoV”, continuou.

“Se nós temos um potencial para a passagem destes vírus dos animais para os humanos, pela forma como nós vivemos e como vamos ocupando o habitat dos animais, e com o contacto próximo com estes animais – como os mercados na China – tudo isso contribui” para que essa passagem aconteça.

Por outro lado, sublinhou, “a partir do momento em que há o potencial do vírus passar [do animal] para o humano, temos o potencial de ele rapidamente se espalhar pelo globo, porque estamos sempre a viajar de um lado para o outro”.

“Temos toda uma série de fatores que, juntos, contribuem para que a ameaça seja muito grande e, sim, eu acredito que nos próximos anos iremos passar por alguns sustos ou neste caso, que não é um susto, pois passou mesmo a ser uma realidade que é a que estamos a viver” com a covid-19.

Sem arriscar soluções, Ana Abecassis tem uma certeza: “O que eu acho é que nós não podemos viver desta forma. A questão não são só os vírus, é tudo. Temos de voltar para trás, independentemente de os vírus entenderem ou não”.

A especialista em saúde pública e em agentes como o VIH alertou para algumas espécies em particular que estão “carregadinhas de vírus prontos para passar para o humano”.

“É só terem a oportunidade”, avisou, exemplificando com os morcegos, uma espécie que está cheia de vírus, como o coronavírus e o Ébola, mas não só: “Os mosquitos também são um problema, porque o aquecimento global faz com que haja a expansão do território que eles ocupam”.

A multiplicação dos mosquitos aumenta o risco de contágio com a espécie, nomeadamente o mosquito Aedes, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.

“Eles só existem se tiverem determinadas condições ambientais e, portanto, a sua expansão tem a ver com o aquecimento global”, referiu.

“Nós tínhamos florestas em que os animais estavam livremente e onde nós não estávamos. Neste momento, essas florestas escasseiam e eles têm de ir para algum lado e isso acontece sobretudo na Ásia a na Amazónia”, prosseguiu.

Ana Abecassis indicou que, na maior parte das vezes, os animais portadores das doenças não ficam doentes e que quando os vírus passam para o homem é que podem tornar-se patogénicos.

Em todo este processo, recordou, são necessários dois passos: a transmissão do animal para o homem e a transmissão do homem para o homem.

A este propósito, apontou o vírus MERS, um “primo do SARS-CoV-2", cujo reservatório é o camelo.

"Sabemos que existem casos de transmissão animal-humano, com uma taxa de mortalidade maior até do que o SARS-CoV-2, só que depois a transmissão humana a humano ainda não acontece. É outra ameaça”, disse.

c/Lusa 

Pode também gostar

Imagem de Benfica com vitória fácil com suplentes de luxo

Benfica com vitória fácil com suplentes de luxo

Imagem de O futuro de Easah Suliman deverá passar pelo Nacional

O futuro de Easah Suliman deverá passar pelo Nacional

Imagem de Túneis de São Vicente à Boaventura com cobertura 4G da MEO

Túneis de São Vicente à Boaventura com cobertura 4G da MEO

Imagem de Madeira prepara projeto para jovens empreendedores

Madeira prepara projeto para jovens empreendedores

Imagem de Governo reúne com sector imobiliário

Governo reúne com sector imobiliário

Imagem de Espanhol e francesa venceram o Biosfera Roller Skate (áudio)

Espanhol e francesa venceram o Biosfera Roller Skate (áudio)

Imagem de Porto de Lisboa recebe cruzeiro de ultraluxo

Porto de Lisboa recebe cruzeiro de ultraluxo

Imagem de Jornal de Campanha: ações partidárias do dia (áudio)

Jornal de Campanha: ações partidárias do dia (áudio)

Imagem de Milhares de mortes evitadas na UE por vacinação

Milhares de mortes evitadas na UE por vacinação

Imagem de “Pessoas antes dos cargos” (vídeo)

“Pessoas antes dos cargos” (vídeo)

PUB
RTP Madeira

Siga-nos nas redes sociais

Siga-nos nas redes sociais

  • Aceder ao Facebook da RTP Madeira
  • Aceder ao Instagram da RTP Madeira

Instale a aplicação RTP Play

  • Descarregar a aplicação RTP Play da Apple Store
  • Descarregar a aplicação RTP Play do Google Play
  • Redes de Satélites
  • Frequências
  • Moradas e Telefones
Logo RTP RTP
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube
  • flickr
    • NOTÍCIAS
    • DESPORTO
    • TELEVISÃO
    • RÁDIO
    • RTP ARQUIVOS
    • RTP Ensina
    • RTP PLAY
      • EM DIRETO
      • REVER PROGRAMAS
    • CONCURSOS
      • Perguntas frequentes
      • Contactos
    • CONTACTOS
    • Provedora do Telespectador
    • Provedora do Ouvinte
    • ACESSIBILIDADES
    • Satélites
    • A EMPRESA
    • CONSELHO GERAL INDEPENDENTE
    • CONSELHO DE OPINIÃO
    • CONTRATO DE CONCESSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE RÁDIO E TELEVISÃO
    • RGPD
      • Gestão das definições de Cookies
Política de Privacidade | Política de Cookies | Termos e Condições | Publicidade
© RTP, Rádio e Televisão de Portugal 2025