“Naturalmente que os pais e bem quiseram, saber mais e quiseram estar informados e por isso a vacinação arranca só daqui por uns dias e durará o tempo suficiente para permitir livremente aos pais decidirem. Eu espero que sejam sensíveis aos argumentos dos especialistas, mas decidam livremente em consciente”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, à margem da reunião do Conselho de Fundadores da Fundação de Serralves, no Porto.
Aos jornalistas, o Presidente da República defendeu que o processo de vacinação dos mais novos tem de ser visto “sem dramatização” e disse também acreditar que a adesão será, à semelhança de noutras faixas etárias, “progressiva”.
“Quando foi dos 12 aos 17 anos havia muitas dúvidas e num primeiro momento houve naturalmente resistências e interrogações, depois houve uma adesão progressiva. Tenho a sensação que é o que vai acontecer aqui, mas em liberdade”, observou, lembrando que em Portugal o grande tema não é se a vacinação se torna obrigatória, mas se se obtém “mais esclarecimentos para podermos livremente vacinar-nos”, realçou.
E, acrescentou, "penso que esta questão tem de ser vista sem dramatização".
Recusando pronunciar-se sobre se o parecer da Direção-Geral de Saúde (DGS) quanto à vacinação das crianças foi tardio, o Presidente da República disse apenas que, “a ideia foi esperar pelo parecer definitivo”.
“Faz sentido”, afirmou, lembrando ainda que o documento é “muito claro” e que todos “cumpriram a sua missão”.
“Quem pediu a divulgação dos pareceres cumpriu a sua missão, quem disse há que esperar para que os especialistas tenham a versão definitiva cumpriu a sua missão”, salientou.
Em Portugal, as crianças dos 5 aos 11 anos vão ser vacinadas contra a covid-19 a partir do fim de semana de 18 e 19 de dezembro, anunciou hoje o secretário de Estado de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.
Segundo disse o governante, a vacinação dessa faixa etária vai arrancar com as crianças mais velhas, de 11 e 10 anos, descendo progressivamente até aos 5 anos.