“Queremos convencer as pessoas a vacinarem-se”, escreveu Von der Leyen, na sua conta na rede social Twitter, salientando que a nova avaliação de risco do Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC) “é clara”.
“Temos que aumentar a vacinação para controlar a pandemia”, frisou a representante, na mesma mensagem.
A chefe do executivo comunitário reiterou a recomendação do ECDC de reforçar a vacinação na população com mais de 40 anos e dos mais vulneráveis, bem como a aplicação de medidas não médicas, como o uso de máscara e o distanciamento físico.
Na terça-feira, num debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França), Ursula Von der Leyen insistiu na importância da vacinação para superar a pandemia da Covid-19, exortou todos a “seguir a ciência”, que mostra a eficácia das vacinas, e deu o exemplo de Portugal para o demonstrar.
A UE estará em dezembro e janeiro numa situação de “risco muito elevado” da pandemia de Covid-19 devido à baixa taxa de vacinação, alertou hoje o ECDC.
“Sem alterações nas taxas de contacto em relação aos níveis atuais, estimamos que os países com o nível mais elevado de cobertura vacinal de mais de 80% estão em ‘risco acrescido’, enquanto os com os níveis de cobertura vacinal inferiores a 80% estão em ‘alto risco’”, advertiu o mais recente cenário traçado pelo ECDC, hoje divulgado.
Na mesma nota informativa, o ECDC apelou a um reforço na vacinação contra a Covid-19 em todo o espaço comunitário, salientando que na UE/EEE [Espaço Económico Europeu] as taxas são de 65,4% da população total vacinada e de 76,5% da população adulta, destacando ainda a necessidade de uma dose de reforço a todos os adultos, com prioridade aos maiores de 40 anos.
“A situação epidemiológica atual é, em grande parte, impulsionada pela elevada transmissibilidade da variante Delta que contraria a redução da transmissão conseguida pela vacinação na UE/EEE”, considerou o relatório de avaliação de risco.
Na terça-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a doença Covid-19 poderá provocar mais cerca de 700.000 mortes na Europa até à primavera se a tendência atual de contágios continuar.