O sismo com maior magnitude, 5,0, foi registado pelas 06:52 locais (mesma hora em Lisboa) em Mazo e registaram-se valores entre IV (amplamente observado) e V (forte) na escala de intensidade microssísmica, indicando possibilidade de oscilação de objetos dentro de casas.
Por sua vez, o Instituto Vulcanológico das Canárias (Involcan), citado pela agência noticiosa Efe, indicou que este terramoto foi sentido de forma ampla na ilha, embora a medição tenha registado uma magnitude local de 4,2 na escala de Richter, sendo um dos mais fortes na atual reativação vulcânica.
O IGN apontou também que 31 sismos foram localizados na área afetada pela reativação do vulcão Cumbre Vieja, com a maioria com o hipocentro a 30 quilómetros de profundidade.
A instituição acrescentou também que a coluna de gás e cinzas atingiu hoje 3.100 metros na direção sudoeste.
Os porta-vozes científicos do Plano de Emergências Vulcânicas das Canárias (Pevolca) afirmaram que são esperados movimentos sísmicos de grande magnitude e intensidade a profundidades intermédias, entre 10 e 15 quilómetros, e maiores, superiores a 20 quilómetros.
Na quarta-feira, a lava do vulcão Cumbre Vieja voltou a alcançar as águas do Atlântico perto da praia de Los Guirres.
O choque térmico entre a lava, a uma temperatura acima dos 800 graus centígrados, e o mar está a provocar colunas de vapor de água com partículas de ácido clorídrico, que podem ser perigosas para a saúde nas zonas mais próximas do ponto de emissão.
Todos os bairros e casas em redor da praia de Los Guirres (leste de La Palma, uma das ilhas do arquipélago espanhol das Canárias) foram evacuados nas últimas semanas, devido à ameaça que representava o lento avanço da lava.
O Departamento de Segurança Nacional espanhol avançou, então, que a área afetada pelo vulcão Cumbre Vieja, que iniciou a sua atividade em 19 de setembro, atinge 988,27 hectares.