Para o desporto, pelo desporto é esta a forma com que a equipa madeirense começa por abordar o assunto.
A Emotion Rally Spirit na semana do rali da Calheta, última prova do campeonato, quis clarificar algumas questões no grupo RC4.
“Caros amantes do desporto automóvel, vem a EMOTION Rally Spirit a público, com o presente comunicado, prestar declarações que visam clarificar a posição desta equipa perante algumas situações que foram ocorrendo desde o último dia 31 de outubro, após a notícia veiculada pelo programa “Domingo Desportivo” da RTP Madeira, onde se ficou a saber que a classe RC4 iria contar com a participação de pilotos como Rui Jorge Fernandes e Adruzilo Lopes no último rali da temporada, o Rali da Calheta.
Espera-nos uma prova muito interessante de seguir. Este é o nosso primeiro comentário.
Após uma época com latentes lacunas a nível de competitividade em algumas classes, acreditamos que teremos um rali da Calheta muito competitivo e que irá fazer com que os adeptos não queiram perder pitada do mesmo, do início ao fim.
Teremos em discussão o título de campeão regional absoluto, com três pilotos a almejar o tão desejado galardão e teremos um conjunto de sete carros na RC4 que prometem muita luta, em cada PEC, até à meta final. Estes parecem ser os pontos altos da prova.
Para que não subsista qualquer tipo de dúvida, a EMOTION Rally Spirit é da opinião de que o título de campeão na RC4 está já resolvido. Já no programa “Super-Especial” da RTP Madeira, após o Rali do Faial (o último disputado à data de hoje), o piloto Miguel Caires, da nossa equipa, afirmava que a possibilidade de se sagrar campeão seria de muito remota probabilidade, exigindo um número de variáveis quase impossíveis de acontecer.
Não faz qualquer sentido acreditarmos que o carro quase campeão, o mais evoluído da classe, acabará a prova em 5 ou 6o lugar, nem perspetivar que Miguel Caires faça o pleno de conquistas em todas as classificativas, ainda para mais numa prova com tão bons adversários, logo, sublinhamos, o título parece-nos resolvido.
Não obstante acreditarmos que este tema está fechado, entusiasma-nos haver um último rali de despedida do campeonato deveras emotivo e que contribuirá para acrescentar valor à modalidade.
A Emotion nasceu para e pelo desporto automóvel. Desde o seu primeiro dia que leva como missão criar condições para termos uma modalidade mais forte, mais visível, mais atraente.
Assim aconteceu com a chegada do Skoda Fabia Rally2 com que Pedro Paixão tem vindo a correr que, apesar de algumas limitações a nível de material suplente, tem permitido fazer a sua melhor época de quatro rodas e assim contribuir para enriquecer a competição na estrada.
Agora, na RC4 conseguimos dar ainda maior projeção ao desporto com pilotos de renome (Adruzilo Lopes e Rui Jorge Fernandes), que dispensam apresentações. Ambos estarão a pilotar viatura que são propriedade da EMOTION Rally Spirit.
É o desporto que tem a ganhar com isto e os adeptos agradecem. E quando se juntam estes argumentos, então é sinal de que teremos uma modalidade mais forte, mais exposta às massas e, por consequência, mais atrativa para investimento.
Não nos cansaremos de referir: é esta a missão da EMOTION Rally Spirit.
Tendo isto por base, não pode esta equipa deixar de denunciar aquilo a que foi assistindo durante alguns dias na passada semana. Sentimo-nos no dever de denunciar e repudiar o ambiente que se criou à volta deste último rali e desta notícia da RC4 em particular. Desde discursos fortemente incendiários nas redes sociais, a ameaças verbais e por SMS, ameaças de “pedras” nas estradas do Rali da Calheta…atitudes e comportamentos altamente deploráveis, nos quais a EMOTION Rally Spirit não se revê minimamente.
Consideramos fundamental irradiar este tipo de comportamentos pois tudo isto é antidesportivo e não cabe nos mais basilares valores da condição humana, do desporto e de uma maioria de equipas que todos os anos tenta construir projetos credíveis, responsáveis e sólidos, por forma a representar esta modalidade da melhor forma. Não podemos pactuar com minorias que colocam todo este esforço em causa.
Tendo em conta a gravidade que a EMOTION Rally Spirit atribui a todos estes comportamentos, vimos por meio deste comunicado apelar às autoridades desportivas, na figura da FPAK, que venham a público expor aquela que é a posição da Federação relativamente a esta temática, com a certeza de que poderão contar com a nossa completa disponibilidade para apresentar todos os factos e provas que corroboram esta nossa denúncia.
Estará ferida de morte, na nossa opinião, uma modalidade que permita subsistir qualquer apelo a ameaças e violência, bem como à produção de ambientes corrosivos, e precisamos de medidas urgentes e concretas por forma a evitar episódios futuros.
Poderão contar com uma EMOTION Rally Spirit para investir e promover a modalidade sempre e quando considerarmos que fazemos parte da maioria. Caso cheguemos ao triste dia em que percebemos que somos nós a minoria, então aí seremos nós que estaremos desenquadrados neste belíssimo desporto e certamente saberemos tirar as devidas ilações e tomar rápidas decisões.
Protejamos este bem tão amado pelos madeirenses. Todos agradecerão.”