O piloto algarvio, que já tinha sido campeão absoluto em 2019 e que é navegado por José Teixeira, aproveitou o despiste sofrido pelo líder do Nacional à partida desta prova, Armindo Araújo (Skoda Fabia), devido a um furo, para reconquistar o título perdido em 2020.
“Foi mau conquistar o título desta madeira. É bom conquistar o título, mas sem o meu adversário direto na luta não é tão bom. Gosto de ganhar com os meus adversários na estrada. Não aconteceu da maneira que gostávamos, mas também não foi um rali fácil, porque tivemos problemas com o carro. Tivemos de recuperar à tarde para ir de quinto até segundo”, explicou o piloto de 45 anos à agência Lusa.
De facto, Teodósio viu um parafuso da caixa de velocidades do seu Skoda partir, o que encravou o comando em terceira velocidade, fazendo o piloto cair para o quinto lugar, insuficiente para a conquista do título.
Resolvido o problema, Teodósio atacou na segunda passagem pelos quatro troços, durante a tarde, ascendendo ao segundo lugar na derradeira especial do dia, a ‘power stage’.
Assim, Bruno Magalhães, que entrou ao ataque pela manhã, venceu com o tempo de 1:05.48,2 horas, deixando Teodósio a 27,9 segundos.
Miguel Correia (Skoda Fábia Evo) foi o terceiro, a 34,8 segundos do vencedor, com Pedro Meireles (Volkswagen Polo) em quarto, a 42,1 segundos.
Armindo Araújo, que precisava de ser pelo menos segundo, perdeu o título por apenas um ponto.
“Infelizmente, sofremos um furo no primeiro quilómetro e, numa travagem mais forte, poucos metros depois, saímos de estrada. Não havia nada a fazer e, dado o resultado conseguido pelo Ricardo Teodósio, não conseguimos revalidar o título por um ponto. Não era este obviamente o desfecho que procurámos e que trabalhámos toda a temporada, mas os ralis são mesmo assim. Muitos parabéns aos vencedores, a todos os que acreditaram em nós e a toda a minha equipa. Para o ano estaremos cá de novo para poder lutar pelas vitórias e pelo título”, disse Armindo Araújo.