Depois de terem sido alvo de um grande aumento no ano passado, devido ao contexto da crise sanitária causada pela covid-19, com confinamentos sucessivos em muitos países, as compras de arte ‘online’ voltaram a subir este ano, segundo a empresa especializada em seguros com atividade sobretudo na Europa e nos Estados Unidos.
As vendas internacionais de arte atingiram um valor recorde de 6,8 mil milhões de dólares (cerca de 5,8 mil milhões de euros) no primeiro semestre de 2021, e poderão atingir um valor histórico de 13,5 mil milhões de dólares (11,6 mil milhões de euros) até ao final do ano, se este ritmo se mantiver, estima o relatório da seguradora fundada em 1901.
No primeiro semestre de 2021, o preço médio pago nas vendas em leilões exclusivamente ‘online’ organizadas pelas leiloeiras Sotheby’s, Christie’s e a Phillips foi de 24.291 dólares (20.981 euros), quase o triplo de 2019 (8.529 dólares/7.366 euros).
Ao mesmo tempo, o fenómeno dos NFT (Non Fongible Tokens/Token Não Fungível), certificados de autenticidade numérica para os conteúdos como imagens, animações ou ‘tweets’, continuou a intensificar-se e o relatório considera que está a revolucionar o mercado mundial da arte.
Cerca de 14% das plataformas de venda ‘online’ já integraram os NFT nas suas ofertas, e 38% indicam que o deverão fazer no futuro próximo, segundo o mesmo relatório.
As vendas de obras de arte e objetos de coleção encriptados em NFT, desde o início do ano, atingiram cerca de 3,5 mil milhões de dólares (cerca de 3,02 mil milhões de euros) até ao final de setembro, graças às novas possibilidades de oferta desta tecnologia no mundo do colecionismo.
O relatório é baseado num estudo realizado para a Hiscox pela empresa londrina de estudos de mercado ArtTactic junto de compradores de arte de todos os continentes.