O Presidente do Marítimo, Carlos Pereira, disse esta quarta-feira que recusou a Cidade do Futebol como palco da receção da sua equipa ao Arouca, para a quinta jornada da I Liga portuguesa de futebol.
Ao confirmar o jogo no Estádio da Madeira, ‘casa’ do Nacional, Carlos Pereira agradeceu a disponibilidade do ‘rival’, mas relembrou que a instituição maritimista foi a “primeira a dar o exemplo”.
“Na primeira vez, dei o exemplo e fui eu que resolvi o problema do Nacional, permitindo jogar no Estádio da Imaculada Conceição, contra a vontade de alguns maritimistas que viram como um grande problema”, afirmou o líder ‘verde rubro’ relembrando o caso que remonta a 1992, quando ainda não existia o Estádio da Madeira.
Carlos Pereira, em declarações à televisão do clube insular, garantiu que “sempre colocou em primeiro lugar os interesses da região” e que ajudar os ‘alvinegros’ foi na sua opinião “uma grande solução”.
Já em 2010, com o estádio em obras, o Marítimo teve de recorrer ao recinto dos ‘alvinegros’ para receber o Sporting Fingal (República Checa) e Bangor City (País de Gales), em jogos da pré-eliminatória da Liga Europa.
O Marítimo está impossibilitado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) de jogar no seu recinto desportivo devido às condições do relvado, que já recebeu duas avaliações negativas, a primeira diante do Sporting de Braga e a seguinte frente ao FC Porto.
O dirigente madeirense não entende os critérios da Liga de clubes para limitar o acesso ao estádio e criticou ainda a cedência da Cidade do Futebol, em Oeiras, em vez da alternativa apresentada, o Centro Desportivo da Madeira, na Ribeira Brava.
“Foi permitido ao Santa Clara fazer as últimas 10 jornadas como sua casa na Cidade do Futebol, foi permitido ao Belenenses SAD jogar na Cidade de Futebol. Então, o Centro Desportivo da Ribeira Brava não tem as mesmas condições do que a Cidade do Futebol?”, frisou, enfatizando que os dois recintos desportivos têm 2.400 lugares.
As críticas ao organismo que tutela o futebol português continuaram ao longo do discurso de Carlos Pereira: “partindo do princípio que a Liga não nos permite jogar, que tem poderes instituídos por eles próprios, poderes que não foram aprovados em nenhuma assembleia-geral, poderes da Comissão Executiva que, na minha opinião, não devem estar em prática após o campeonato começar”.
Segundo o dirigente, as informações só foram transmitidas às instituições, e concretamente, ao Marítimo, “depois da época se ter iniciado”.
Os ‘verde rubros’ protagonizaram uma verdadeira revolução no plantel em relação à época transata com a saída de 16 jogadores para a entrada de 17.
O presidente do Marítimo disse que as decisões até então respeitaram sempre o “timing certo” e que esta época “investiram mais um pouco para voltar a ter retorno”, ou seja, “muitos pontos no final da época”.
O Marítimo recebe o Arouca, para a quinta jornada da I Liga portuguesa de futebol, na segunda-feira, às 19:00, no Estádio da Madeira.