A OMS prevê "um impacto grande e prolongado" na saúde mental mundial.
"Estamos a falar de um componente-chave da nossa saúde. Requer ação imediata" dos governos, defendeu o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis na abertura do fórum que juntará ao longo de dois dias os ministros da região europeia da OMS, que inclui 53 países.
Mitsotakis pediu que se "fale abertamente da estigmatização que acompanha a saúde mental" perante uma dezena de ministros da saúde, com muitos outros a assistir por videoconferência.
O vice-presidente da Comissão Europeia Margaritis Schinas, frisou que "não há desculpas para atrasos" a lidar com o problema.
A OMS frisa que "não é apenas o contágio ou o medo de ser contagiado que afetaram a saúde mental da população" mas também "o ‘stress’ provocado pelas desigualdades socioeconómicas e os efeitos das quarentenas, do confinamento, do fecho das escolas e locais de trabalho, que tiveram consequências enormes".
O diretor regional para a Europa da OMS, Hans Kluge, afirmou que "a pandemia abalou o mundo, fez perder quatro milhões de vidas, destruiu rendimentos, separou famílias e comunidades, fez falir empresas".
"A saúde mental e o bem-estar devem ser entendidos como direitos humanos fundamentais", reforçou, apelando aos países para repensarem o acesso aos cuidados neste setor.
Entre as recomendações da OMS estão o reforço dos serviços de saúde mental, a melhoria do acesso aos cuidados por via digital, o aumento dos serviços de apoio psicológico nas escolas, universidades, locais de trabalho e para os trabalhadores de primeira linha no combate à pandemia.