No mês de maio de 2021, estimou-se um total de 206,9 mil dormidas no alojamento turístico, traduzindo um acréscimo bastante expressivo de 3 992,8% em comparação com o mês homólogo (mês cujo movimento de hóspedes foi residual devido às medidas restritivas de controlo da pandemia). Apesar deste aumento, o número de dormidas em maio de 2021 não chegou a 30% do valor das dormidas de 2019 no referido mês. De sublinhar que excluindo o alojamento local com menos de 10 camas, as dormidas do alojamento turístico apresentaram um acréscimo de 5 782,5% relativamente a maio de 2020, superior ao observado no país, que foi de 687,7%. Os proveitos totais e os de aposento também apresentaram crescimentos bastante expressivos, de 13 725,6% e 9 180,3%, fixando-se nos 11,1 e 7,1 milhões de euros, respetivamente. Em maio de 2019, pela mesma ordem, os proveitos totais e de aposento rondaram os 38,5 e os 25,6 milhões de euros. No país, no mês em referência, os proveitos totais e de aposento observaram variações positivas de 1 213,7% e 1 009,1%, respetivamente.
A hotelaria concentrou 70,4% das dormidas, crescendo 7 526,1% em termos homólogos. Destaca-se o facto, de que no mês de maio do ano anterior, este segmento manteve apenas 2,6% dos estabelecimentos abertos, originando um valor irrisório de 1,9 mil dormidas. Por sua vez, o alojamento local registou um aumento de 1 610,7%, congregando 25,8% do total de dormidas, enquanto o turismo no espaço rural e de habitação, observou neste mês 8,0 mil dormidas, sendo que em maio de 2020 os estabelecimentos deste segmento encontravam-se com movimento praticamente nulo.
De janeiro a maio de 2021, as dormidas no total do alojamento turístico na Região registaram um decréscimo de 59,2% comparativamente ao período homólogo, rondando os 592,9 milhares, enquanto os proveitos totais e de aposento apresentaram quebras de 59,7% e 61,1%, respetivamente.
Analisando os principais mercados emissores, verificaram-se aumentos bastante significativos se comparamos com o período homólogo, explicado pela situação pandémica no ano transato. O mercado britânico registou um crescimento de 24 798,0%, seguido do mercado francês (+21 037,3%) e do mercado alemão (+4 641,0%). O mercado nacional registou, comparativamente a maio de 2020, +1 990,2% de dormidas em 2021. Em termos acumulados (de janeiro a maio de 2021), o mercado britânico continua a registar a maior quebra, com -86,4% de dormidas, seguido do mercado alemão e francês, com decréscimos de 68,9% e 53,2%, respetivamente. O mercado português apresentou, ao contrário dos outros mercados e para o mesmo período, um crescimento bastante significativo, de 30,0%, relativamente ao período homólogo.
O valor da estada média no mês de maio registou uma diminuição relativamente ao mesmo mês do ano anterior (4,81 noites), fixando-se nas 4,12 noites.
A taxa de ocupação-cama do alojamento turístico no mês em referência não ultrapassou os 23,8%, 11,5 pontos percentuais (p.p) acima do observado no mês homólogo. Por sua vez, a taxa de ocupação-quarto atingiu os 26,6%. Em 2019, estas taxas foram de 61,2% e 68,9%, respetivamente.
No mês de maio de 2021, o RevPAR rondou os 20,03 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +192,7% que no mesmo mês do ano precedente e +45,5% que no mês anterior. Se compararmos com os valores de maio de 2019, o valor do RevPar continua a registar valores significativamente baixos, com uma quebra de 59,9% (49,98 euros em maio de 2019).
Por sua vez, o proveito por quarto utilizado (ADR) passou de 42,57€ em maio de 2020 para 75,34€ em maio de 2021 (+77,0%).