"Este lote vai ajudar imenso a tentarmos cumprir o nosso programa, cujo objetivo final é atingir a imunização de grupo da nossa população", declarou o ministro Edgar Neves, no aeroporto internacional de São Tomé, durante uma cerimónia que assinalou a chegada do lote de vacinas e em que participou o embaixador português neste país, Rui Carmo.
A oferta, acrescentou o governante são-tomense, "chega no momento certo, em que as equipas estão ainda mobilizadas, e vai permitir retomar já na próxima quarta-feira, dia 14, outra fase de vacinação".
Os grupos-alvo desta próxima fase são comerciantes e o pessoal ligado à hotelaria, adiantou, ressalvando que não ficam "de lado os outros grupos que já vinham sendo vacinados".
"Mais uma vez, em nome do Governo, o nosso muito obrigado a Portugal, ao povo português, um sinal de reforço da cooperação e solidariedade de Portugal com São Tomé e Príncipe", comentou.
O Governo português anunciou esta sexta-feira, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o envio para São Tomé e Príncipe de 12 mil doses de vacinas, além de seringas e agulhas.
Em declarações à Lusa, o diplomata português adiantou que "o primeiro lote de 12.000 doses de vacina e respetivos materiais para sua administração, hoje entregues às autoridades são-tomenses, se insere no compromisso político assumido pelo Governo português de disponibilizar pelo menos 5% das vacinas contra a covid-19 adquiridas por Portugal, para os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e Timor-Leste".
Constitui ainda, acrescentou, "um apoio bilateral de Portugal ao Plano Nacional de Vacinação de São Tomé e Príncipe contra a covid-19, reforçando os laços de solidariedade e de cooperação que unem os dois países".
Na cerimónia, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação são-tomense, Edite Tenjua, destacou que a entrega destas vacinas é "um gesto de ajuda ao combate à pandemia em São Tomé e Príncipe, mas também uma contribuição de Portugal para o combate à pandemia do ponto de vista global".
Este foi o terceiro lote de vacinas que o Estado português enviou, depois de Cabo Verde (maio) e Moçambique (julho). Ainda durante este mês, adiantou o Governo, seguirão novos lotes para Angola, Guiné-Bissau e Timor-Leste.
Esta ação envolve o Ministério dos Negócios Estrangeiros, através do Camões — Instituto para a Cooperação e da Língua e da embaixada de Portugal em São Tomé, e o Ministério da Saúde, através da Direção-Geral de Saúde, da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) e da ‘task-force’ do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19.
São Tomé e Príncipe regista, desde o início da pandemia, um total de 2.392 casos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais cinco nas últimas 24 horas, e 37 mortes associadas à covid-19.