O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal falava numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo do Vaticano, arcebispo Paul Gallagher, secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé, com quem se reuniu hoje em Lisboa para analisar as relações bilaterais e a agenda europeia e internacional.
Segunda-feira, o Instituto Robert-Koch de Vigilância Sanitária da Alemanha retirou Portugal, bem como o Reino Unido, Índia, Rússia e Nepal, da lista de países com interdição de entrada no país devido a alta prevalência da estirpe Delta do vírus Covid-19, medida que entrou hoje em vigor.
Portugal está classificado pela Alemanha como uma zona com “variantes de preocupação” no que toca à pandemia, nomeadamente devido à propagação da estirpe Delta, o que na prática resultou numa proibição de viagens em vigor desde a semana passada, devido à ativação do mecanismo travão da União Europeia para fazer face a situações preocupantes.
Segundo as novas normas, Portugal e os outros quatro países passaram para o segundo nível de risco, designado por “áreas de incidência elevada” da variante da Covid-19.
Os viajantes provenientes das áreas nesta categoria não são obrigados a fazer quarentena se conseguirem provar que já estão totalmente vacinados, ou que contraíram a doença e já recuperaram. Os restantes podem ter uma quarentena reduzida de dez dias se testarem negativo após cinco dias.
A interdição alemã às viagens de Portugal era a única proibição na EU, depois de ter entrado em vigor, a 01 deste mês, o certificado digital Covid-19.
A Comissão Europeia havia considerado que a interdição a viagens não essenciais para Portugal adotada pela Alemanha não está “totalmente alinhada” com o recomendado por Bruxelas e fonte do executivo comunitário disse à Lusa que seria analisado se a medida “é proporcional”.