“Seremos o único anfitrião do Euro2020 a poder ter casa cheia no estádio. Teremos os quase 69 mil lugares de espetadores totalmente ocupados, sem limitações, porque estamos tão avançados na vacinação [contra a covid-19] que podemos fazer isso”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comércio da Hungria, em entrevista à Lusa na Praia, depois de entregar um donativo de 100 mil doses da vacina AstraZeneca às autoridades cabo-verdianas.
Portugal joga em 15 de junho com a seleção da Hungria no Puskás Arena, em Budapeste, a primeira partida da fase de grupos do Euro2020 e Péter Szijjártó admite que na teoria a seleção portuguesa estaria em vantagem: “Se o jogo tivesse lugar só no papel, definitivamente perdíamos”.
“O que pode fazer a diferença para o nosso lado é jogar em casa e 69.000, bem, 60.000 húngaros a apoiar a equipa”, afirmou Péter Szijjártó, recordando que os jogadores de futebol “já não estão habituados” a partidas com público, muito menos casa cheia, após mais de um ano de restrições devido à pandemia de covid-19.
Acrescentou que os adeptos portugueses podem assistir ao jogo no Puskás Arena – Portugal também joga depois com a França no mesmo estádio –, estando obrigados à apresentação de testes PCR negativos para covid-19, necessitando com bilhete para o jogo, para entrar no país.
Na Hungria, com mais de 60% dos adultos vacinados contra a covid-19, equivalente a 5,2 milhões de pessoas, a economia reabriu e alguns desportos já contam com lotação máxima de público, explicou o governante.
Péter Szijjártó insistiu que com o fator casa a favor, a Hungria “tem uma hipótese” face a Portugal, mas recorda a ausência do “amigo” Balázs Dzsudzsák, médio ofensivo “e número 7 como o Ronaldo”, que em 2016 marcou dois dos golos da seleção húngara no empate (3-3) com a equipa portuguesa (fase final Euro2016, em França).
“Infelizmente agora não faz parte da equipa porque não recebeu o convite do treinador, ele lá saberá”, rematou.