Gupta advertiu que, embora o número total de novas infeções seja relativamente baixo devido, em parte, ao programa de vacinação, os casos positivos estão a crescer "exponencialmente" e "pelo menos três quartos deles são da nova variante".
Face à perspetiva de uma nova vaga de infeções, o microbiologista aconselhou adiar "algumas semanas" o levantamento de todas as medidas restritivas que o Governo britânico tinha planeado passar até 21 de junho.
"Se olharmos para os custos e benefícios do que aconteceria se nos enganássemos, penso que é claramente a favor de optarmos por um atraso", defende Gupta.
Adam Finn, do Comité Conjunto de Vacinação e Imunização, lamentou que as pessoas estivessem fixadas no levantamento das restrições, no dia 21 de junho, quando o vírus "precisa de se adaptar" a uma situação "dinâmica".
"No passado, tomámos decisões quando era demasiado tarde, adiámo-las, e acabámos com grandes vagas de contágio", recordou Finn.
O secretário de Estado do Ambiente, George Eustice, reiterou que o Governo decidirá, no dia 14 de junho, se vai levantar ou não as restrições e acrescentou que "nada está excluído".
Eustice planeia também, no dia 07 de junho, rever a lista "verde" de países que considera como destinos de viagem seguros.
De acordo com dados de domingo, o Reino Unido registou, em 24 horas, 3.240 novas infeções, mais 26,8% do que na semana passada, com 6 mortes, um aumento de 42,9%.