“Mediante um entendimento alcançado entre todos nesta data, quer nos desafios que se colocam, quer nas soluções que importa implementar, os clubes irão procurar estabelecer um diálogo construtivo com os principais ‘stakeholders’ do setor e, de forma direta, com o Governo nos aspetos a ele respeitantes”, refere o comunicado assinado pelos 17 emblemas que estão garantidos na I Liga 2021/22, entre os quais os promovidos Estoril Praia e Vizela, e o Rio Ave, que ainda vai disputar o ‘play-off’ de acesso com o Arouca.
Hoje, na Mealhada, os presidentes do Benfica, Luís Filipe Vieira, do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, do Sporting, Frederico Varandas, e dos outros clubes do principal escalão estiveram presentes ou representados no encontro.
No comunicado, os clubes recordam que “nos últimos anos, as sociedades desportivas têm-se deparado com alterações significativas no desenvolvimento da sua atividade”, desde o “enquadramento jurídico e fiscal, passando pela apropriação por terceiros da comercialização dos direitos televisivos, até à completa ausência de apoios relacionados com as consequências dramáticas resultantes do impacto da covid-19 no setor”.
Apesar de salientarem a “vontade” e “os esforços” de Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, os clubes consideram que “o resultado é manifestamente negativo”.
“É chegado o momento de as sociedades desportivas se entenderem em matérias estruturantes e que afetam todo o setor, sem intermediários e sem a intervenção de entidades que ultrapassam os seus desígnios e que, por vezes, contra elas concorrem”, referem.
De resto, os emblemas da I Liga exigem “ser respeitados e apoiados”, desde logo porque “são aqueles que mais desenvolvem o desporto mais querido em Portugal”, “assumem riscos, são grandes empregadores e os grandes contribuintes”.
Já hoje, a Liga de clubes revelou que na próxima Assembleia-Geral (AG) extraordinária do organismo, em 02 de junho, será discutida e votada uma proposta de carta aberta ao Governo a expressar o “descontentamento” pelo “tratamento injustificável” de que a modalidade tem sido alvo.
Os clubes e a LPFP opõem-se à forma como o Governo tem tratado o futebol profissional, reclamando medidas concretas e de implementação imediata, que compensem os prejuízos resultantes desta discriminação.