Esta mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa, previamente gravada em vídeo foi hoje transmitida numa sessão comemorativa do Dia Mundial da Língua Portuguesa promovida pelo Instituto Camões e divulgada nas redes sociais daquela entidade.
"Por que motivo sentimos um orgulho e um gosto tão especial quando falamos ou quando escrevemos sobre língua portuguesa? Os motivos são muitos e variados. Partilhamos a nossa língua com mais de 260 milhões de falantes, cidadãos dos vários países em que o português é língua oficial e é língua materna, usada todos os dias para escrever, falar, trabalhar, expressar dúvidas, emoções e anseios", começa por afirmar o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa realça a importância do português como "forte elo de ligação entre povos e entre países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), por ser uma língua global, uma língua de vários continentes, com múltiplos sotaques e variantes, todos de igual valor".
"O português é uma língua propícia à expressão da solidariedade, da amizade, do amor, desde sempre, da troca de ideias, do debate. É uma língua de acolhimento, em que damos as boas-vindas a quem nos visita ou procura o nosso país para viver ou trabalhar. Uma língua de tempos bons e tempos maus", defende.
No plano literário, descreve o português como "uma língua rica e generosa, que ao longo dos séculos se ofereceu aos criadores, poetas, romancistas, ensaístas, dramaturgos".
O Presidente da República elogia a "riquíssima literatura em português" de que hoje se pode desfrutar, "obra de tantos e tantas autores", e destaca as mulheres "autoras angolanas, brasileiras, cabo-verdianas, guineenses, goesas, macaenses, moçambicanas, são-tomenses, timorenses, portuguesas".
"Partilhamos uma língua de descoberta, uma língua de futuro, presente em todas as atividades, da economia à política, da arte à ciência, uma língua de ensino e de aprendizagem, de convívio em família, entre amigos de todas as idades, em todas as circunstâncias", acrescenta.
O chefe de Estado termina esta curta intervenção, de dois minutos e meio, gravada na varanda do Palácio de Belém, em Lisboa, referindo que estes são "tempos de pandemia" de covid-19 e nesse contexto despede-se com "palavras de confiança na ciência, palavras de ânimo e de coragem, acompanhadas por um fraterno e afetuoso abraço, em português".
C/Lusa