“Apesar do cenário pós-‘brexit’, a capital britânica mantém a sua relevância enquanto cidade com maior atratividade para o investimento imobiliário na Europa”, refere a consultora imobiliária, segundo a qual “Berlim, Frankfurt, Paris e Amesterdão completam o ‘ranking’ dos cinco principais mercados e Munique e Hamburgo ocupam o sexto e sétimo lugares, respetivamente, seguidas de Zurique e Varsóvia”.
Conforme destaca a CBRE, “com quatro cidades na lista das 10 preferidas dos investidores, a Alemanha deverá liderar a recuperação do investimento na Europa”.
Na expectativa de que os planos de vacinação se mantenham dentro do calendário estipulado, a CBRE prevê ainda que, em 2021, os volumes de investimento europeu aumentem até 5% em relação ao ano passado, embora considere “provável que haja alguma variação entre países e classes de ativos”.
A nível europeu, o estudo aponta que “cerca de 60% dos investidores planeia investir mais em imobiliário este ano do que em 2020”, sendo que “quase 75% indicaram querer comprar 10% ou mais este ano em comparação com o anterior, ainda que existam algumas diferenças percetíveis entre os vários países (por exemplo, no Reino Unido mais de 80% dos investidores manifestaram vontade de investir mais capital)”.
“Apesar do aumento do teletrabalho e do trabalho flexível, como resultado da covid-19, os escritórios foram considerados a classe de ativos preferida dos investidores europeus”, refere, revelando que “35% dos inquiridos indicaram que a área dos escritórios é a preferida dentro do setor imobiliário, refletindo um sentimento positivo do mercado sobre o futuro dos escritórios de qualidade”.
Por outro lado, “o setor residencial ganha cada vez mais importância, ao ser destacado como a segunda classe de ativos imobiliários mais popular, com 24% das intenções, seguido do setor industrial e logístico com 22%.”
“Assim, os escritórios Classe A, o industrial e logístico e a habitação são os setores onde se espera que os preços permaneçam mais fortes, enquanto a maioria dos investidores prevê reduções de valor consideráveis para certos tipos de ativos de comércio e hotéis, assim como para escritórios de qualidade inferior”, conclui o estudo.
Em Portugal, a CBRE refere que o investimento em imobiliário comercial “arrancou timidamente em 2021, devido ao confinamento geral a que o país ficou sujeito, incluindo restrições relativamente a viagens e realização de visitas a imóveis”, o que se refletiu num “forte abrandamento da atividade de investimento durante os três primeiros meses do ano”.
C/Lusa