De acordo com um novo sistema ordenado de acordo com as cores dos semáforos, os visitantes dos países da "lista verde” vão estar isentos de isolamento ou de testes à chegada, mas terão de realizar um teste PCR antes do embarque, mesmo se já estiverem vacinados.
Os que chegarem de países da lista amarela precisarão de fazer um teste PCR antes do embarque e ficar em quarentena por 10 dias no regresso, durante a qual têm de fazer mais dois testes PCR.
Pessoas que viagem de países da "lista vermelha”, na qual Portugal esteve de janeiro até março, terão de ficar em quarentena vigiada num hotel designado durante 10 dias a um custo de 1.750 libras (2.015 euros), além de se sujeitar aos testes PCR antes do embarque e durante o isolamento.
O ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, disse à BBC que a decisão sobre a classificação dos países será feita de acordo com critérios como a percentagem da população vacinada, a taxa de infeção, a prevalência de variantes perigosas e a existência de capacidade para sequenciar testes e identificar variantes.
Porém, mostrou-se confiante de que será possível levantar a proibição em vigor, pelo menos até 17 de maio, de viagens para o estrangeiro para férias ou para visitar família e amigos, e não apenas por motivo de força maior, como acontece atualmente.
"Sim, é melhor esperar par ver qual é a situação dentro de duas ou três semanas, quando as listas verde, amarela e vermelha forem divulgadas, ter um bom seguro de férias e voos flexíveis. Mas, pela primeira vez, penso que há luz ao fundo do túnel. Poderemos reiniciar as viagens internacionais”, afirmou.
A novidade deste sistema é que vai haver uma “lista verde” adicional de países sob vigilância, para ajudar as pessoas a identificar os destinos que poderão ser submetidos a controlos mais apertados no regresso.
Porém, além da incerteza prolongada sobre quando serão permitidas as viagens internacionais e quais os países que vão estar em cada uma das listas, o setor da aviação queixou-se do custo dos testes PCR exigidos antes do embarque, superior a 100 libras (115 euros).
Numa carta publicada esta semana, os presidentes da Associação de Operadores de Aeroportos, Karen Dee, e da associação de transportadoras Airlines UK, Tim Alderslade, pediram que sejam aceites testes rápidos antigénio, mais baratos, em vez dos testes PCR.
"Poucas pessoas podem dar-se ao luxo de adicionar centenas de libras em custos com testes a uma viagem normal. Isso vai criar uma barreira significativa para muitas viagens e arriscaria impedir um reinício significativo neste verão”, queixaram-se.
Embora diga que está a trabalhar num certificado de vacinação e testes que possa facilitar as viagens, o Executivo não adianta qual será o formato nem quando estará disponível.
O plano do Governo britânico hoje publicado não garante que as viagens internacionais recomecem imediatamente a 17 de maio, mas garante que uma decisão será anunciada no início do próximo mês, juntamente com os primeiros países que vão integrar a lista verde.
Atualmente, a lista “vermelha” inclui 39 países incluindo Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique, e, desde hoje, Bangladesh, Quénia, Paquistão e Filipinas.
País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte, cujas regras são determinadas pelos respetivos governos autónomos, ainda não confirmaram quando nem como vão retomar as viagens internacionais.