"Temos a opção de proibir quaisquer exportações planeadas. Esta é a mensagem que estamos a enviar à AstraZeneca: respeitem o vosso contrato com a Europa antes de começarem a entregar a outros países", disse Ursula von der Leyen numa entrevista com o grupo de comunicação social alemão Funke.
"Todas as opções estão sobre a mesa", acrescentou a ex-ministra da Defesa alemã num aviso claro, sublinhando que os líderes da UE iriam rever a questão da entrega na próxima semana.
A Comissão Europeia anunciou na quinta-feira que iria ativar um procedimento contratual para resolver o litígio com a AstraZeneca, cujas entregas de vacinas contra a covid-19 são significativamente inferiores às inicialmente previstas.
Este procedimento está previsto nos contratos de fornecimento de vacinas da União Europeia (UE).
Cada parte tem a oportunidade de enviar uma carta à outra parte, convidando-a a participar num processo de resolução de litígios que terá lugar 20 dias mais tarde entre os dirigentes executivos da Comissão Europeia e a empresa.
A AstraZeneca deverá entregar 70 milhões de doses da sua vacina contra a covid-19 – cuja utilização foi suspensa por vários países – no segundo trimestre, muito menos do que os 180 milhões prometidos no contrato assinado com a União Europeia.
No primeiro trimestre, espera-se que a UE tenha recebido um total de cerca de 30 milhões de doses da AstraZeneca.
C/Lusa