O secretário regional da Educação da Madeira, Jorge Carvalho, afirmou hoje que o regresso dos cerca de 48 mil alunos do arquipélago às escolas está a decorrer "dentro da maior normalidade" e com "todos os professores colocados".
"Está tudo a decorrer dentro da maior normalidade. As escolas têm os recursos necessários, seja do ponto de vista pedagógico – professores -, seja de todos os outros", disse o governante que visitou as escolas básica do 1.º ciclo do Faial (Santana, no norte da Madeira) e básica e secundária da Calheta (zona oeste da ilha).
Jorge Carvalho salientou que mesmo na freguesia do Faial, um dos estabelecimentos onde ocorreu uma fusão de escolas que foi contestada por alguns encarregados de educação e "criou alguma celeuma, está tudo a funcionar dentro das maiores normalidades".
"Com esta metodologia temos todas as crianças do respetivo ano numa única sala e isso só é vantajoso para as crianças e professores, porque sempre que tem mais de um ano numa sala de aulas, isso implica esforço redobrado", argumentou o responsável.
Admitindo que houve "muito poucas" crianças que devido a esta situação saíram do concelho de Santana, Jorge Carvalho apontou que "algumas já regressaram, porque a câmara municipal também garante transporte entre as duas escolas", realçando que o objetivo é "criar os ambientes mais propícios para que os alunos tenham sucesso no processo de aprendizagem".
Quando questionado sobre as críticas do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) ao processo de colocação, o secretário da Educação madeirense sustentou que este processo "deve acontecer sempre depois de efetuadas as matrículas e as escolas efetuarem os horários".
"Podemos sempre melhorar", declarou, apontando que "existem processos negociais que, por vezes, se prolongam mais no tempo" e que "mais de dois terços dos professores da região pertencem a quadros de escolas e não se submetem a essa afetação".
"Mas vamos trabalhar para que o concurso possa acontecer mais cedo", assegurou, vincando que "todos os professores na Madeira estão colocados", embora possam ainda acontecer "alguns ajustamentos".
Jorge Carvalho salientou que o governo regional continua a defender a criação de "um quadro de zona única" no arquipélago, considerando que "traria outra transparência ao sistema educativo e evitaria um conjunto de injustiças que por vezes podem acontecer com as limitações que alguns professores têm nas suas zonas, fruto dos constrangimentos demográficos".
C/Lusa