Para mil casos detetados, a variante do Reino Unido provoca 4,1 mortes, contra 2,5 no caso do SARS-CoV-2 clássico, concluíram os autores do trabalho publicado na revista médica BMJ e que confirma primeiras observações feitas no final de janeiro..
“Há uma elevada possibilidade de o risco de mortalidade ser aumentado por uma infeção” pela variante detetada no Reino Unido, escreveram os investigadores das universidades britânicas de Exeter e de Bristol.
No final de janeiro, o NERVTAG, o grupo que aconselha o governo britânico sobre os vírus respiratórios, indicou que havia uma “possibilidade realista” de a infeção por esta variante ser associada a um risco mais elevado de mortalidade.
O grupo de especialistas estimou que a letalidade (risco de morte entre as pessoas infetadas) da variante poderia ser entre 30% a 40% superior, apoiando-se em alguns estudos, entre os quais o que foi publicado pela BMJ agora sob a forma definitiva.
Estes autores basearam-se nos dados de 110.000 pessoas que testaram positivo fora do hospital, entre outubro e janeiro, e que acompanharam durante 28 dias.
A maioria estava infetada pelo coronavírus clássico, a restante pela variante do Reino Unido.
Os cientistas compararam a mortalidade nos dois grupos (141 mortes contra 227), tendo em conta fatores como a idade, sexo ou origem étnica e concluíram que a variante do Reino Unido é 64% mais fatal.