No âmbito da estratégia Europa 2020, definiu-se um indicador relativo à população em risco de pobreza ou exclusão social que conjuga os conceitos de risco de pobreza relativa – pessoas com rendimentos anuais por adulto equivalente inferiores ao limiar de pobreza – e de situação de privação material severa, com o conceito de intensidade laboral per capita muito reduzida.
Em 2020, na Madeira a taxa de risco de pobreza ou exclusão social foi de 32,9%, aumentando 0,7 p.p. face a 2019.
A Madeira foi a região do país com o valor mais elevado, seguida dos Açores (32,4%), enquanto Lisboa tinha a taxa mais baixa (14,6%).
A média nacional foi de 19,8%, sendo que cerca de 2.037 milhares de pessoas em Portugal estavam em risco de pobreza ou exclusão social. Face a 2019, no todo nacional este indicador baixou 1,8 p.p.
Dois indicadores – o coeficiente de Gini e o rácio S80/S20 – permitem fazer a avaliação da assimetria na distribuição de rendimentos na Madeira e no país.
O coeficiente de Gini sintetiza num único valor a assimetria da distribuição de rendimentos, assumindo valores entre 0 – quando todos os indivíduos têm igual rendimento – e 100, quando a totalidade do rendimento está concentrada num único indivíduo.
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No que respeita à Região, em 2019 este indicador assumiu o valor de 30,8%, abaixo do valor nacional (31,2%). Face a 2018, a redução na Madeira foi de 2,7 p.p., enquanto a nível do país recuou 0,7 p.p.
Os Açores são a região do país com maior desigualdade (34,5%) e o Algarve a região onde se observa menor assimetria (29,4%).