O estudo em causa, intitulado “Surto de dengue na Madeira: ferramenta para pesquisar fatores do hospedeiro envolvidos na infeção assintomática”, é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e tem como objetivo principal melhorar a compreensão dos mecanismos da infeção por dengue, em particular aqueles que conferem proteção contra a infeção clínica e os que são responsáveis pelo seu grau de severidade.
Este estudo agrega especialistas de áreas distintas como Imunologia, Bioquímica, Genética, Medicina Interna, e Infeciologia e Analises Clínicas, e pretende comparar fatores imunológicos, bioquímicos e genéticos em indivíduos assintomáticos e sintomáticos.
Aquando do primeiro contacto com o vírus da dengue, uma elevada proporção (50-98%) de pessoas não apresenta qualquer sintoma (infeções assintomáticas) mas desenvolve anticorpos contra a infeção.
Estas infeções assintomáticas são importantes para entender a dimensão real das epidemias de dengue numa população, assim como o risco de desenvolvimento de dengue severa, a que ambos sintomáticos e assintomáticos estão sujeitos no caso de uma infeção posterior, por um serotipo diferente.
Para este estudo é fundamental a participação de pessoas que, em 2012-2013, foram diagnosticadas com dengue pelos Serviços de Saúde, assim como aquelas que, embora não tivessem desenvolvido sintomas, habitavam ou trabalhavam nas áreas onde ocorreu uma transmissão muito elevada do vírus.
A participação neste estudo é voluntária.