Apesar de o consumo de antibióticos ter vindo a baixar nos últimos anos – em particular no último por causa das medidas de proteção por causa da pandemia de covid-19 -, a DGS sublinha que “a emergência de bactérias resistentes a antibióticos continua a ser uma ameaça à escala global”.
Evitar as infeções usando medidas de proteção como a lavagem das mãos e a etiqueta respiratória (espirrar para o antebraço), cumprir o programa de vacinação, usar os antibióticos só se prescritos pelo médico e respeitar a duração do tratamento e a regularidade das tomas, entregando na farmácia as sobras, caso existam, são as chaves para travar o avanço das bactérias multirresistentes.
Uma estimativa da OCDE divulgada há dois anos indicava que em Portugal podiam morrer até 2050 mais de 40 mil pessoas na sequência de infeções por bactérias resistentes a antibióticos, apontando para um valor próximo dos 1.100/ano.
Em declarações à Lusa, o médico Artur Paiva, diretor do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências a Antimicrobianos (PPCIRA) da DGS, reconhece que é difícil ter um número exato das mortes por bactérias multirresistentes em Portugal, sublinhando que nem sempre é fácil separar “quem morre com infeção e quem morre por causa da infeção”.
C/Lusa