O instituto russo Gamaleya, que desenvolve a vacina contra a covid-19 Sputnik V, assim como o fundo russo RDIF, “estão interessados em cooperar numa possível produção e contactaram a IDT Biologika”, umafarmacêutica com sede no estado regional de Saxônia-Anhalt (leste da Alemanha), explicou a porta-voz.
O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, assegurou que a Alemanha “serviu de intermediária” no pedido russo de estudar opções de produção da vacina na Alemanha e noutros países europeus.
Por enquanto, além da Rússia, são quatro outros os países que produzem a Sputnik V: Cazaquistão, Índia, Coreia do Sul e Brasil.
Sobre uma possível distribuição na União Europeia (UE), está em curso um procedimento de aprovação junto da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
A Rússia já se felicitou pelo reconhecimento no estrangeiro da sua vacina contra a covid-19, consolidado pela divulgação, na terça-feira, dos seus bons resultados pela revista científica Lancet.
“Esta é uma publicação muito importante, que é convincente sobre a fiabilidade e a eficácia da vacina russa”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, numa conferência de imprensa, hoje em Moscovo.
O estudo referido pela Lancet, validado por especialistas independentes, estabelece a eficácia da vacina russa contra as formas sintomáticas da covid-19 em 96,1%.
Dmitri Peskov acrescentou que é expectável que a vacina russa seja produzida em outros países “num futuro muito próximo”.