Um dia depois da aprovação desta vacina pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) – a terceira, após a autorização às vacinas desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e pela Moderna -, o executivo alemão reitera a sua desconfiança, seguindo o conselho dos seus peritos, que alegam que “não existem dados suficientes para fazer uma declaração sobre a eficácia" da vacina nos idosos.
“Teremos agora de rever a ordem de vacina" devido às "limitações de idade da vacina da AstraZeneca", afirmou o ministro Jens Spahn, que assegurou querer “aplicar” a recomendação emitida pelos especialistas nacionais, em sentido contrário à posição da EMA, que autorizou a introdução da vacina no mercado sem restrições etárias acima dos 18 anos.
A autorização oficial das autoridades alemãs deve ser conhecida no início da próxima semana, uma vez que a chanceler Angela Merkel convocou uma reunião com as entidades sanitárias sobre o assunto para segunda-feira.
Jens Spahn apontou a administração da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca preferencialmente aos profissionais de saúde, num momento em que, segundo o Instituto Robert Koch de Vigilância Sanitária, 2,2% da população alemã tinha recebido pelo menos uma dose de vacina até sexta-feira.
Apesar da polémica em torno dos atrasos na entrega das vacinas, o governante alemão adiantou hoje que o país esperava receber “cinco milhões de doses adicionais até 22 de fevereiro", entre as três vacinas já aprovadas.
A Alemanha registou 12.321 novos casos de covid-19 e 794 mortes nas últimas 24 horas, segundo dados do Instituto Robert Koch, que indicam que os principais números continuam a cair no país mais populoso da União Europeia.