“À medida que as necessidades humanitárias se agravam ainda mais devido às consequências da pandemia de covid-19 e aos efeitos do aquecimento global, a Comissão Europeia adotou um orçamento inicial de 1,4 mil milhões de euros para 2021”, refere o executivo comunitário em comunicado.
O montante anunciado corresponde assim a um aumento de 60% relativamente aos 900 milhões de euros que tinham sido disponibilizados em 2020.
Em comunicado, o comissário para a Gestão das Crises, Janez Lenarčič, referiu que o aumento irá “permitir que a UE continue a desempenhar um papel global de liderança na resposta a crises que já existem ou que emergem”, numa altura em que “a diferença entre os recursos financeiros fornecidos pelos doadores e as necessidades humanitárias crescentes está a aumentar”.
“De maneira a não deixar ninguém para trás, precisamos que mais parceiros internacionais se envolvam e preencham este vazio. Não nos podemos esquecer que apenas uma resposta global irá resolver os problemas globais, tal como a luta contra a pandemia de coronavirus, que afeta todos”, apontou.
Entre as regiões que beneficiarão das verbas hoje anunciadas, o executivo comunitário refere que 505 milhões de euros serão alocados a África, para “apoiar pessoas afetadas pela crise a longo prazo no Lago Chade”, mas também “aqueles que sofram de crises de nutrição ou de comida, agravados por incidentes securitários ou conflitos de comunidades” e “aqueles que se encontram deslocados devido a conflitos armados”.
O Médio Oriente e a Turquia são também destacados pela Comissão Europeia, que disponibiliza 385 milhões de euros para a região com o objetivo de “ajudar quem foi afetado pela crise regional síria, mas também pela situação extremamente severa no Iémen”.
Para situações de assistência humanitária na Ásia e na América Latina – como as “crises na Venezuela e na Colômbia” ou os refugiados Rohingya da Birmânia – a União Europeia prevê 180 milhões de euros.
Restam ainda 302 milhões de euros que, segundo o executivo comunitário, ficam reservados para “crises humanitárias imprevistas ou picos repentinos nas crises já existentes”.
C/Lusa