No dia 31 de dezembro, registavam-se 6.906 mortes atribuídas à covid-19, ou seja, 56% do excesso de mortalidade de 2020 em relação à média 2015-2019.
De acordo com dados preliminares do INE, durante os primeiros dois meses do ano passado a mortalidade foi inferior ao período de referência dos cinco anos anteriores, mas depois de terem sido diagnosticados os primeiros casos de contágio pelo novo coronavírus, todos os meses aumentou a mortalidade em excesso.
Desde março até ao fim de 2020, houve 101.669 mortes em Portugal, mais 13.495 em relação à média do mesmo período medido entre 2015 e 2019.
Um quinto das mortes na primeira semana de 2021 foram atribuídas à covid-19, indica o INE, que registou 3.634 mortes no total, mais 830 do que a média do mesmo período entre 2015 e 2019.
Se durante abril de 2020 a covid-19 explica 53,9% do aumento de mortes, em meses seguintes essa percentagem desceu. Em julho, por exemplo, apenas 7,1% do número de mortes em excesso foi atribuída à doença provocada pelo SARS-CoV-2.
A partir de outubro, a percentagem das mortes em excesso explicada pela covid-19 começou novamente a aumentar, representando 44,8% em outubro, 81,5% em novembro e 97,3% em dezembro.
Durante o ano passado, mais de 70% das mortes (88.634) foram de pessoas com 75 anos ou mais, e destas, 60% de pessoas com 85 anos ou mais.
As mortes de 2020 foram 61.441 homens e 61.968 mulheres, a grande maioria das quais entre março e dezembro. Comparando com a média de 2015 e 2019, morreram mais 6.134 homens e 7.362 mulheres em 2020.
Um terço das mortes verificou-se na região Norte (32,4%), enquanto as restantes aconteceram 25,2% aconteceu na Área Metropolitana de Lisboa (25,2%) , Centro (24,5%) , Alentejo (9,1%) , Algarve (4,4%) , Madeira (2,2%) e Açores (2%).
Os maiores aumentos de mortalidade aconteceram na região Norte (+16,2%), Área Metropolitana de Lisboa (12%) e Centro 7,8%.
O maior aumento de mortes aconteceu fora de estabelecimentos hospitalares, com 16,5% a mais do que a média 2015/2019.