"Agora é desbloquear as estradas, consolidar as zonas de iminência de queda [de pedras], garantir a segurança da circulação de pessoas e bens, fazer um levantamento dos danos materiais, sobretudo de habitação, e depois, já na segunda-feira, começar a canalizar os apoios", afirmou.
Miguel Albuquerque deslocou-se hoje à costa norte, onde visitou as áreas mais afetadas pelo temporal, nomeadamente as freguesias de Ponta Delgada e Boaventura, no concelho de São Vicente.
"Queremos ter tudo funcional na próxima segunda-feira", disse, sublinhando o facto de não ter havido vítimas nem danos pessoais a lamentar e assegurando que a água potável, a eletricidade e os acessos serão repostos no início da próxima semana.
A tempestade do dia de Natal levou a que 27 pessoas fossem retiradas de suas casas por motivos de segurança, sendo 20 de Ponta Delgada e sete de Boaventura, encontrando-se temporariamente alojadas em residências de familiares e amigos.
Miguel Albuquerque considerou que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) deve ter uma "explicação científica" para o fenómeno e também uma justificação para o facto de estar em vigor um aviso amarelo para precipitação no dia de Natal, quando a mesma atingiu níveis de aviso vermelho.
O chefe do executivo disse, por outro lado, que a região autónoma tem "capacidade para proceder às limpezas", respondendo, deste modo, ao Ministério da Administração Interna (MAI), que disponibilizou apoio na área da proteção civil ao Governo regional devido aos estragos provocados pelo temporal.
"Possivelmente, vão ser precisos apoios financeiros, para o arranjo de estradas e consolidação de áreas de derroca", indicou.
Embora não seja ainda possível traçar um balanço final dos estragos, são visíveis danos em várias habitações e infraestruturas públicas, nomeadamente na estrada de acesso às Lombadas, na zona alta da freguesia, e no cemitério de Ponta Delgada, que ficou totalmente alagado, bem como o campo de futebol de Boaventura.
C/Lusa