“Esta foi sem dúvida alguma uma noite de glória para a cultura da Região Autónoma da Madeira”, disse o Secretário do Turismo e Cultura deste arquipélago à agência Lusa.
Eduardo Jesus comentava o facto do Museu de Fotografia da Madeira — Atelier Vicente’s, o único do país dedicado à fotografia, ter sido hoje distinguido com o Prémio Museu do Ano 2020, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), segundo o anúncio efetuado por esta organização, em Lisboa.
O galardão foi anunciado durante uma cerimónia realizada, este ano, ‘online’, pela associação, devido aos constrangimentos da pandemia, para apresentar o palmarés com 32 prémios relativos ao ano anterior, atribuídos a museus, projetos, boas práticas, profissionais e diversas atividades desenvolvidas no setor, em todo o país.
O governante madeirense realçou que as distinções da APOM atribuídas à região “são consideradas os ‘óscares’ da cultura e a Madeira numa edição arrebata quatro prémios, o que acontece pela primeira vez desde que existe este hábito de premiar o mérito no setor cultura”.
A Madeira conquistou este ano, além do prémio Museu do Ano, o de informação Turística com o roteiro intitulado ‘A Arte na Rota do Ouro Branco’, o da Investigação com o projeto ditorial do ‘Museu Etnográfico da Madeira’ “Cadernos de Campo, n.º 3 – festas e romarias” e o de instituição, arrecadado pela Direção Regional de Cultura
O governante insular destacou que “a Madeira consegue o grande prémio, desejado por todos, que é o de Museu do Ano”, o que para Eduardo Jesus “é sem duvida alguma o melhor reconhecimento que se pode fazer ao investimento que foi ali realizado pelo Governo Regional”.
“Também é a melhor forma de homenagear uma política que tem permitido a concentração do património fotográfico que é único e faz agora distinguir a Madeira das restantes áreas do território nacional, constituindo-se como um exemplo para além dessas fronteiras”, argumentou o responsável insular.
Eduardo Jesus destacou que este conjunto de prémios tem um “grande impacto por ser a primeira vez que a Madeira consegue ter quatro prémios numa edição só e ainda por cima destas categorias tão importantes”.
No seu entender, estes prémios também “representam um reconhecimento às pessoas, aos profissionais da cultura, às equipas que têm estado envolvidas em cada uma das áreas correspondentes”.
Eduardo Jesus enfatizou que ainda representa “um forte apoio num ano particularmente difícil, especial, em que a pandemia” acabou por “colocar à prova e obrigou a novos métodos de trabalho, a reinventar a forma de fazer as coisas e colocou toda a gente sob um desafio que nunca tinham experimentado”.
Mas, para o secretário do executivo madeirense, “o prémio de todos os prémios è chegar ao fim do ano com a consciência tranquila” de que as pessoas envolvidas, quando foi necessário “fizeram, inovaram e recriaram bem”..
“Este reconhecimento, que é externo e de uma entidade credibilizada e superior a qualquer interesse, essa independência, valoriza sobremaneira esta distinção que vem agora para a Madeira”.
Eduardo Jesus realçou que a Madeira também recebeu o prémio de investigação para um trabalho, um caderno publicado pelo museu de Etnografia da Madeira, sedeado na Ribeira Brava, “na sequência de uma investigação sobre motivos de interesse cultural”, que é agora reconhecido
“Outro prémio extraordinariamente importante para a Madeira tem a ver com a informação turística e isto diz-nos muito porque a política desenvolvida pelo Governo Regional tem procurado cada vez mais entroncar” a cultura e o turismo
“Por fim, não mesmo importante, o prémio instituição atribuído à direção regional da Cultura, vem confirmar todo o trabalho que tem sido desenvolvido por esta direção regional, que não só divulga, como promove, preserva toda a nossa história e cultura”, realçou.