No domingo, tinham sido contabilizados mais de 21 mil casos positivos, tendo os números de hoje respondido à redução previsível das segundas-feiras, quando são realizados menos testes de diagnóstico.
De acordo com o Ministério da Saúde italiano, nas últimas 24 horas morreram 141 pessoas com Covid-19, aumentando o saldo de óbitos desde o início da pandemia para 37.479.
No total, são já 542.789 as pessoas infetadas desde o início da crise sanitária em Itália, existindo neste momento 236 mil casos ativos, a maioria deles em isolamento domiciliário, com sintomas leves ou sem sintomas.
A pressão sobre os hospitais continua a aumentar, com mais 1.607 casos de internamento nas últimas 24 horas, aumentando o número de hospitalizados para 14.281, incluindo 1.284 em cuidados intensivos (mais 76 do que no domingo).
Hoje entraram em vigor novas medidas de restrição, para combater a pandemia, nomeadamente o encerramento às 18:00 de bares, restaurantes e outros estabelecimentos de restauração, até 24 de novembro.
O Governo também está a aconselhar os cidadãos a não viajarem para fora do país, “exceto por motivos estritamente necessários”, dado o aumento de casos do novo coronavírus na Europa, alertando para a possibilidade de endurecimento das medidas restritivas.
“Perante o aumento de casos em alguns países europeus, não podem ser excluídas futuras restrições adicionais, que podem complicar qualquer reentrada em Itália”, anunciou o Governo, num comunicado.
As autoridades italianas prolongaram o estado de emergência até 31 de janeiro de 2021, endurecendo várias medidas de combate à pandemia, algumas das quais estão a ser contestadas politicamente.
O encerramento de espaços culturais foi muito criticado e o famoso maestro italiano Riccardo Muti dirigiu-se ao primeiro-ministro, Giuseppe Conte, numa carta aberta publicada no Il Corriere della Sera, lamentando as medidas de contenção, solicitando a reabertura de salas de espetáculo.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
C/Lusa